Bissau,19 Ago 19(ANG) – O Presidente da República cessante, José Mário Vaz promete anunciar nos próximos dias se vai ou não se recandidatar para a sua própria sucessão nas próximas eleições presidenciais, marcadas para o dia 24 de Novembro.
José Mário Vaz que falava no sábado em Bissau, num encontro promovido pela Plataforma Juvenil de Apoio à sua recandidatura, afirmou que foi um grande orgulho receber o convite desta organização para voltar a ser o candidato às presidenciais de 24 de Novembro.
“Quero vos informar que foi com grande orgulho que recebo o convite da Plataforma. Há menos de 45 dias estivemos neste mesmo lugar com a estrutura do Movimento de Apoio à Botche Candé e que me endereçou igualmente o convite com o mesmo objectivo”, disse.
O Presidente da República cessante disse que ouviu os pedidos e as razões evocadas pela Plataforma Juvenil para a sua recandidatura às presidenciais e que para o efeito pondera dar resposta nos próximos dias.
“Simplesmente vocês confiaram na minha pessoa nas eleições de 2014. Eu sou apenas um soldado da República da Guiné-Bissau e a minha obrigação de facto é de ir ao encontro da missão a que me foi incumbida”, referiu.
José Mário Vaz sublinhou que a sua missão na Presidência da República ficou marcada por duas coisas que nunca esquecerá até à morte. “Quero vos informar que eu tinha um amigo e que partilhávamos a mesma casa. Este meu amigo cujo nome não vou revelar, as pessoas foram buscá-lo e, por engano ,bateram na minha porta e isso provocou pânico à minha família porque julgavam que eu era o visado”, explicou.
“Quero vos dizer que levaram este meu amigo e até hoje as suas famílias desconhecem o local onde foi morto e enterrado. Foi por esta razão que, quando aceitei o desafio de concorrer as eleições de 2014, afirmei que nunca mais aceitaria que alguém seja morto de qualquer maneira na Guiné-Bissau”, disse.
Afirmou que, a segunda coisa que lhe marcou, foi quando o falecido Presidente da República, João Bernardo Vieira o escolheu quando era muito novo, para ser o seu mandatário nas eleições presidenciais de 1994, no meio dos seus colegas combatentes da liberdade da pátria.
“Nunca sonhei que hoje em dia vou sentar na sua cadeira presidencial e a discursar como se fosse ele naquela altura”, frisou, acrescentando que cada um colhe o fruto da sementeira que lavrou.
Disse que o desenvolvimento da Guiné-Bissau é irreversível e que conta com a colaboração de todos sem excepção.
Por sua vez, Ludimila Akmedju, em nome da Coordenação da Plataforma Juvenil de Apoio a Recandidatura de Jomav sublinhou que os motivos que nortearam o referido pedido, têm a ver com a credibilidade dos projectos executados por José Mário Vaz durante os cinco anos de sua presidência .
“Uma outra razão é o facto de ser o único Presidente da República que terminou o seu mandato e por ser ele o garante da estabilidade e paz na Guiné-Bissau”, disse a concluir Akmedju.
Conosaba/ANG/ÂC//SG
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