sexta-feira, 4 de julho de 2025

FRENTE SOCIAL AMEAÇA PARALISAR DE NOVO O SETOR DE SAÚDE, DE 21 A 31 DE JULHO


Os Sindicatos que fazem parte da Frente Social (SINDEPROF, FRENAPROFE, SINETSA e SINQUASS), ameaçaram paralisar de novo por duas semanas, mas desta vez com uma medida que afetará apenas o setor de saúde, caso o governo não se digne negociar com os sindicatos.

A Frente Social, uma organização sindical que integra os sindicatos dos setores da saúde e da educação, exigiu o cumprimento do memorando de entendimento assinado entre a Frente Social e o governo de iniciativa presidencial.

A medida foi anunciada esta sexta-feira, 4 de julho de 2025, pelo porta-voz da Frente Social, Yoio João Correia, em conferência de imprensa do balanço da sétima ronda de greve de duas semanas, na qual informou que a próxima ronda de greve afetará apenas o setor de saúde com um único ponto de exigência, o pagamento das dívidas contraídas aos técnicos recrutados, com 17 meses de salário em atraso.

De acordo com o sindicalista, o executivo tem, de agora em diante, duas semanas para se sentar à mesa com os sindicatos para resolver os problemas dos dois setores sociais e, consequentemente, evitar próximas paralisações.

Yoio João Correia explicou que a medida adotada pela Frente Social de não incluir o setor da educação na próxima ronda de greve tem a ver com falta de colaboração ou interesse dos técnicos de educação em aderir às paralisações dos dois setores, ao contrário dos da saúde que estão interessados em lutar para o bem-estar de todos.

Para Yoio João Correia, a Frente Social está aberta a qualquer negociação por entender que é possível dar tempo ao diálogo, mas não depende apenas dos sindicatos para travar as greves.

“Também o governo deve manifestar o mesmo interesse e abertura ao diálogo, caso contrário terá que lidar com mais duas semanas de greve “, disse e pediu a união e determinação entre os técnicos de saúde e da educação a fim de fazer valer os seus direitos.

GOVERNO DIZ QUE OS SINDICATOS DA FRENTE SOCIAL DEVEM REVER A SUA POSTURA DE REIVINDICAÇÃO

Em reação, o ministro da Educação, Ensino Superior e Investigação Científica, Henry Mané, afirmou que a dinâmica das greves da Frente Social no setor educativo enfraqueceu-se.

Henry Mané fez essa afirmação à margem da inauguração do laboratório eletrónico e informático da Universidade Amílcar Cabral.

Henry Mané admitiu que os sindicatos estão a reivindicar a melhoria de condições de trabalho para os seus associados, apelou-os a mudarem a sua forma de agir com a convocação sistemática de greves nos setores da saúde e da educação.

Por: Carolina Djeme
odemocratagb.


Sem comentários:

Enviar um comentário