A Guiné-Bissau foi escolhida como país piloto para a implementação do projeto Carta Africana da Democracia, das Eleições e da Governação (CADEG) da União Africana, que será integrado no currículo escolar guineense.
Neste contexto, técnicos de diferentes instituições do setor da educação do país estão reunidos para finalizar os temas de trabalho iniciados em janeiro, que agora precisam ser concluídos para sua inclusão nos programas escolares.
Na abertura do encontro, iniciado na segunda-feira, o ministro da Educação Nacional, Henry Mané, afirmou que a União Africana pretende, com este projeto, promover uma mudança de mentalidade entre as novas gerações, afastando-as da ideia de golpes de Estado e incentivando uma cultura de democracia através da educação escolar.
“Pretende que a nova geração deixe de pensar no golpe de estado, furtar o quê é de estado mas sim quer uma nova geração que procura o conhecimento em toda a parte”, destacou o ministro da educação.
Henry Mané admitiu a possibilidade de implementar o novo currículo já no próximo ano letivo, 2025/2026, conforme proposto pela União Africana, visando essa transformação de mentalidades.
De acordo com as informações, a implementação deste projeto na Guiné-Bissau será financiada pela União Africana durante os cinco (5) anos.
Neste sentido, o diretor-geral do Instituto Nacional para o Desenvolvimento da Educação (INDE), Ivo António da Silva, explicou que a instituição está a promover uma reforma curricular no ensino básico, com o objetivo de evitar disparidades nos conteúdos lecionados entre as escolas do país.
“INDE está no processo da reforma curricular do ensino básico porque houve disparidade dos conteúdos dada não existia currículo harmonizado em diferentes níveis de 1º ano até 12º ano ao nível nacional”, revelou Ivo da Silva.
Durante o encontro de quatro dias ou seja que termina na quinta-feira, diversos intervenientes do setor da educação — incluindo a associação estudantil CONAEGUIB, o sindicato dos professores SINAPROF, delegados regionais da educação e instituições parceiras — irão debater, entre outros temas, a elaboração de conteúdos para o próximo ano letivo 2025/2026.
Importa referir que o INDE é a instituição responsável pelo desenvolvimento e melhoria do sistema educativo nacional, com especial enfoque na elaboração dos conteúdos escolares.
radiosolmansi.net/
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