sexta-feira, 18 de julho de 2025

Encerramento de Conselho de Ministros da CPLP: GOVERNO GUINEENSE PROMETE DAR EXEMPLO AO MUNDO DE COMO FUNCIONA O MULTILATERALISMO

O novo presidente do Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Carlos Pinto Pereira, assegurou que a Guiné-Bissau reúne condições objetivas para trabalhar no cumprimento do lema escolhido para a XVª Cimeira da CPLP de Bissau, bem como será capaz de dar exemplo ao mundo de como deve funcionar o multilateralismo, a solidariedade, as sociedades de entre ajudas para que se consiga os objetivos comuns na CPLP.

Carlos Pinto Pereira falava aos jornalistas depois do encerramento da XXXª reunião do Conselho de Ministro da CPLP que decorreu hoje na capital guineense, no quadro da décima quinta cimeira da organização dos países da expressão portuguesa, sob o lema: soberania alimentar no quadro da CPLP: um caminho para o desenvolvimento sustentável.

Questionado sobre as estratégias a serem adotadas pela Guiné-Bissau durante a sua presidência de dois anos, para travar a desigualdade no espaço comunitário, respondeu que as autoridades do país decidiram escolher um lema desafiador, direto à alimentação, um dos direitos humanos fundamentais, porque tinham consciência que iriam assumir um compromisso e um desafio “muito grande”.

“Quando propusemos o lema soberania alimentar no quadro da CPLP: um caminho para o desenvolvimento sustentável,tínhamos consciência que iriamos assumir um desafio muito grande. Erradicar a fome e combatê-la não é uma tarefa fácil, mas estamos convencidos que, no âmbito da cooperação que temos na CPLP, temos os ingredientes necessários e suficientes para termos resultados positivos”, afirmou e disse que as pessoas têm de ter o direito a uma alimentação adequada, enquanto um direito humano.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e da Comunidades não especificou a agenda definida para a Cimeira de amanhã, mas avançou que os chefes de Estado da CPLP têm uma agenda própria, à margem de várias outras, que aborda um conjunto de grandes pilares sobre os quais repousa e funciona a organização.

Destacou, neste particular, os assuntos relacionados à cooperação, à concertação político diplomática, à cooperação setorial, à promoção e difusão da língua portuguesa e à questão da mobilidade, cooperação económica e empresarial, com elementos que, hoje, estão na agenda da CPLP e serão abordados na Cimeira de chefes de Estado amanhã, 18 de julho de 2025., bem como a cooperação ao nível do ensino, da ciência, da investigação e da cultura.

Revelou que o Conselho de Ministros da CPLP tinha em agenda um conjunto de 17 pontos e todos estes pontos serão submetidos aos chefes de Estado.

“A Cimeira é a entidade máxima da nossa organização e cabe apenas a ela tomar as grandes decisões sob proposta do Conselho de Ministros. O Conselho de Ministros já se realizou, tem as suas recomendações e propostas para apresentar aos chefes de Estado. Qualquer decisão final competirá sempre aos chefes de Estado. Não vou particularizar nenhuma questão em concreto, por serem todas elas importantes por igual”, frisou.

Relativamente às críticas vindas de vários quadrantes, nomeadamente da sociedade civil, de movimentos cívicos guineenses, inclusive do presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, sobre a não realização da cimeira da CPLP em Bissau, Carlos Pinto Pereira afirmou que “ é uma questão que não merece nenhuma resposta da nossa parte”.

“Sabemos que há pessoas ou algumas organizações interessadas em criar alguma turbulência em torno dessa organização, mas como podem ver tudo estar a decorrer com total normalidade e estamos convencidos que não haverá nada e tudo continuará assim”, afirmou Carlos Pinto Pereira.

Por: Assana Sambú/Filomeno Sambú
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