Cabo Verde: governo disponibiliza 233 apartamentos como residências universitárias

Vila Clarinete, em Ribeira de Julião. São Vicente junta-se à Universidade Técnica do Atlântico (UTA) para disponibilizar 77 apartamentos para residências universitáreias. © IFH

Em Cabo Verde, o Ministério da Educação passa a dispor de 233 apartamentos nas cidades da Praia e do Mindelo para uso exclusivo como residências universitárias, no âmbito de uma medida governamental que visa facilitar o acesso ao ensino superior por parte dos estudantes deslocados das suas ilhas de origem.

Os apartamentos construídos no âmbito do programa de habitação social promovido pela Imobiliária Fundiária e Habitat vão ser adaptados para acolher estudantes universitários deslocados das suas ilhas, com o objectivo de garantir condições de alojamento adequadas e a preços acessíveis.

Ao presidir o acto de inauguração de um aldeamento social na ilha de São Vicente, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, expressando na língua cabo-verdiana disse que dos 233 apartamentos, 156 são de tipologia T0 e situam-se na cidade da Praia – Palmarejo Grande; outros 77 apartamentos, também de tipo T0 localizam-se em Ribeira de Julião, cidade do Mindelo, para serem residências universitárias e para as pessoas que estão em formação profissional.

Esta medida do governo de alocar apartamentos ao Ministério da Educação para criação de residências universitárias já se encontra publicada no Boletim Oficial e pretende contribuir para a continuidade dos estudos universitários dos jovens deslocados das suas ilhas, reduzindo assimetrias sociais e regionais que acfetam negativamente o acesso e frequência do ensino superior.

De acordo com o governo, a gestão corrente das residências ficará a cargo da Fundação Cabo-verdiana de Acção Social Escolar (FICASE), entidade com experiência na administração de residências estudantis e na promoção da igualdade de acesso à educação.

O regulamento de funcionamento vai ser elaborado pela FICASE e homologado pelo Ministro da Educação. Prevê-se ainda a possibilidade de, em casos excepcionais, a gestão ser atribuída às instituições de ensino superior, mediante acordos específicos.

Por: Odair Santos

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