quarta-feira, 17 de junho de 2020

MINISTRO DE AGRICULTURA CONSIDERA DE PREOCUPANTE A DEGRADAÇÃO DAS FLORESTAS PROVOCADAS PELA DESMATAÇÃO

O Ministro da agricultura e Desenvolvimento Rural do governo em funções diz que a taxa de degradação das florestas da Guiné-Bissau “é muito preocupante provocada pela desmatação e corte clandestina das árvores”.

Abel da Silva Gomes falava, hoje, em Bissau, durante a leitura da mensagem sobre o dia mundial de combate à seca e desertificação, celebrado este ano sob o lema “ Alimentos, forragens e fibras: Produções e consumo duráveis”.

Sustenta ainda a erosão costeira com perda de grandes quantidades de solos e a diminuição das chuvas como um dos factores da degradação florestal.

“ A taxa da degradação das nossas florestas é muito preocupante, situando-se em 60 á 80 mil hectares por ano provocados fundamentalmente pela desmatação, corte clandestino das árvores, queimadas incontroladas tendo como consequência a perda das reservas florestais e faunísticas, a erosão costeira acentuada com perda de quantidade de solos, a destruição de habitat de animais, redução da biodiversidade, diminuição das chuvas, aumento da temperatura como resultados da variações climáticas”, afirmou o ministro.

O governante disse que a celebração do dia serve para conscientizar as pessoas sobre o fenómeno da seca e desertificação e da crescente degradação das terras aráveis no nosso país e as acções duráveis das florestas no contexto das mudanças climáticas que se verificam pela diminuição das precipitações e do aumento das temperaturas.

“ O dia 17 de Junho dá oportunidade para recordar a cada um de nós que a desertificação e a seca podem ser combatidas eficazmente através de reforços e da participação o desenvolvimento das populações de base”, acrescentou.

Apontado a importância das florestas na luta contra o aquecimento global, Abel da Silva Gomes, lembra que as florestas são vitais para a segurança alimentar e nutricional.

“ Sem as florestas e com as reservas em águas ameaçadas e as zonas costeiras arridas e secas, corremos o risco a catástrofes naturais e de origens climáticas. Por toda esta razoes, as florestas são essenciais para a segurança alimentar e nutricional actualmente e no futuro e devem ser parte de toda a planificação no uso da terra. A floresta desempenha um papel crucial na luta contra o aquecimento global pois funcionam como sumidouro de carbono e contribuem para o equilíbrio entre o oxigénio e o dióxido de carbono, além do fortalecimento da humanidade atmosférica, concluiu.

Neste dia de combate à seca e desertificação, as Nações Unidas anunciaram que cerca de 70% dos solos terrestres foram transformados pela actividade humana, mas o mundo pode reverter esta tendência.

O Secretário-geral da ONU, António Guterres, em mensagem para o Dia de Combate à Desertificação e à Seca, disse que resolver este problema pode “trazer soluções para uma ampla gama de desafios desde a migração forçada e a fome até as mudanças climáticas.”

Por: Elisangila Silva dos Santos/ Braima Sigá/radiosolmansi com Conosaba do Porto

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