Ndinho
O dirigente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) Armando Correia Dias, detido no sábado pelas forças de segurança, saiu hoje em liberdade depois de ter sido ouvido pelo Ministério Público, disse o advogado.
Segundo Luís Vaz Martins, a decisão do Ministério Público confirma aquilo que o "coletivo de advogados tem vindo a dizer ao longo dos últimos três dias".
"Ao aplicar uma mera medida de coação relativamente a um crime desta envergadura demonstra que nem o Ministério Público tem a convicção de que os factos invocados pela polícia correspondem à verdade", salientou Luís Vaz Martins.
Armando Dias Correia, membro do comité central do PAIGC, foi hoje posto em liberdade, com a medida de coação de obrigação de apresentações periódicas.
Armando Correia Dias, também conhecido por "N'Dinho", foi detido no sábado pelas forças de segurança e levado para a segunda esquadra, em Bissau.
Fonte do Ministério do Interior da Guiné-Bissau disse que o dirigente do PAIGC foi detido em "flagrante delito" na posse de armas de uso militar.
Armando Correia Dias foi detido quando estava acompanhado do antigo secretário de Estado Anaximandro Zylene Casimiro Menut e do deputado Wasna Papai Danfa.
Os três seguiam na viatura do secretário de Estado, que acusou um civil, que estava acompanhado da polícia, de ter colocado as armas no interior do seu veículo.
"Vimos um senhor de estatura baixa, igualmente trajado à civil, a introduzir dentro da minha viatura um saco (tipo saco de arroz) com armas, que suponho AK, pela ponta que era visível no saco", refere o antigo secretário de Estado, numa explicação sobre o ocorrido, divulgada nas redes sociais.
O deputado guineense Wasna Papai Danfa questionou também as razões pelas quais as forças de segurança só detiveram Armando Correia Dias, quando estavam os três na viatura.
O advogado disse que vai recorrer da medida de coação.
Conosaba/Lusa
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