sexta-feira, 19 de junho de 2020

MINISTÉRIO DA SAÚDE DA GUINÉ-BISSAU CONFIRMA ESTUDO COM VACINAS DA POLIOMIELITE

Bissau, 18 jun 2020 (Lusa) - O Ministério da Saúde da Guiné-Bissau confirmou hoje, no Conselho de Ministros, que está a decorrer um estudo do Projeto de Saúde de Bandim sobre o uso de vacinas contra a poliomielite para combate ao novo coronavírus.

"O ministro da Saúde esclareceu que o que está em curso é um estudo promovido pelo Projeto de Saúde de Bandim, visando apurar a validade ou a pertinência científicas do uso de vacinas até aqui aplicadas no combate à poliomielite para o combate da nova pandemia” de covid-19, refere um comunicado hoje divulgado.

Em consequência, ficou decidido que cabe ao Conselho de Ministros analisar e pronunciar-se sobre qualquer "decisão relacionada com a aplicação de vacinas em toda a extensão do território da Guiné-Bissau".

Um jornal brasileiro apontou a Guiné-Bissau como sendo palco de um estudo sobre o uso da vacina contra poliomielite para o tratamento da covid-19, situação que está a merecer críticas dos guineenses.

Miguel de Barros, ativista ambiental e social, foi quem denunciou o caso, através de uma série de publicações na sua página da rede social Twitter, em que questiona as autoridades sobre o estudo e os procedimentos observados.

O jornal brasileiro revela que o estudo, a ser orientado por uma equipa de investigadores americanos e dinamarqueses, vai começar brevemente e vai decorrer durante seis meses.

A meta é testar o uso da vacina oral antipólio num grupo de 3.400 guineenses acima dos 50 anos, pessoas consideradas vulneráveis à covid-19, mas que ainda não tenham tido contacto com o vírus.

A pandemia de covid-19 já provocou quase 449 mil mortos e infetou mais de 8,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em África, há 7.197 mortos confirmados em mais de 267 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia no continente.

A Guiné-Bissau regista 1.492 casos e 15 mortos.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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