terça-feira, 7 de janeiro de 2020

HISTORIADOR DISSE QUE LEGADO DE AMÍLCAR CABRAL DEVE SER LEVADO ÀS UNIVERSIDADES

O antropólogo e historiador guineense disse, hoje (06 de Janeiro), que a integração do fundador das independências da Guiné-Bissau e Cabo Verde, na lista dos 20 maiores líderes mundiais de todos os tempos, quer chamar atenção na reconstrução da nação guineense
João Paulo Pinto Có que também é director-geral do Instituto Nacional de Estudo e Pesquisa (INEP) falava ao propósito da nomeação de Amílcar Cabral, na semana passada, pelo historiador britânico especializado em estudos africanos da Universidade de Chichester, Hakim Adi, e que aparece em 14º na lista de 20 maiores líderes mundiais elaborado pelo painel de historiadores.

Em entrevista esta manhã, João Paulo Pinto Co disse que a nomeação chama atenção das pessoas a lerem os legados de Cabral sobre tecido social da Guiné-Bissau.

“Traz um desafio de todos nós que é de levar as obras de Cabral para as academias, o mundo de produção dos conhecimentos para conhecer a essência da «Guinendade» ”

Na fundamentação para a sua nomeação, Hakim Adi sublinha a grandeza do líder mártir, Amílcar Cabral encontrou forma de unir cerca de um milhão de pessoas na Guiné-Bissau, incluindo mulheres, a maioria agricultores analfabetos que falavam línguas diferentes.

No entanto, para o historiador João Paulo Pinto Có a situação em que se encontra o país actualmente está longe do sonho dos combatentes da liberdade da pátria porque os discursos estão longe daquilo que era da libertação.

“O país que temos hoje não era o sonho de nenhum dos combatentes da liberdade da pátria. Temos um país que precisa de uma reconciliação profunda e de um pacto seguro. Temos uma nação que precisa ver a nossa divergência e convergência. Temos um país que infelizmente fragmenta cada vez mais e está longe daquilo que é o discurso que veio da luta”.

O antropólogo chamou atenção por outro lado aos atores políticos a cautelarem nos seus discursos que está a por em causa a coesão nacional.

“Se os actores políticos não acautelaram com os discursos sobre interesses corremos risco de diluir e de dividir o país no número étnico que existe no país e será doloroso e difícil para os guineenses se unirem. Neste momento precisamos voltar pelo legado de Cabral que é a unidade nacional, união e trabalho”.

Das escolhas dos historiadores resultou uma lista de 20 personalidades que será agora submetida a votação pelos leitores até 26 de Fevereiro para a escolha do grande líder histórico mundial.

Na lista o do Pai das nacionalidades guineense e Cabo-verdiana, Amílcar Cabral, aparece na 14ª, posição.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Braima Sigá/radiosolmansi com Conosaba do Porto 

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