O Programa do Governo da Guiné-Bissau liderado por Carlos Correia deve ser discutido pela 2ª vez no Parlamento, após ter sido reprovado na 1ª apresentação em 23 de Dezembro último.
Segundo a lei, o Primeiro-Ministro deveria voltar a fazer a apresentação 15 dias depois da primeira votação. De acordo com as interpretações deveria ser no dia 5 de Janeiro, mas a mesa da Assembleia Nacional Popular, ANP, fez outra interpretação da lei, contando com os dias feriados das festas do Natal e do Novo Ano marcando assim a discussão para o dia 21 de Janeiro.
O Partido da Renovação Social, PRS, o 2º maior do País e na ANP discorda. Depois de várias negociações entre o PAIGC e o PRS pede que seja antecipado para o dia 12, o PAIGC vem reduzir e fez a proposta para o dia 18 deste mês.
Mas ainda não está decidido...as partes mostram flexíveis e próximas a um entendimento.
Certório Biote, Líder da Bancada Parlamentar do PRS, teceu alguma esperança quanto a fixação da data de discussão do Programa do Governo.
Calífa Seidi,Líder da Bancada do PAIGC justificou porque motivos o PAIGC insistia com a data de 21 de Janeiro para a discussão do documento.
No Parlamento guineense são visíveis sinais de riscos que pairam sobre o governo de Carlos Correia, o 2º da nona Legislatura.
Aliás alguns deputados admitem mesmo o chumbo do programa, o que significaria a queda automática deste executivo. Mas o Líder da Bancada do PAIGC nega que o governo esteja em risco.
Verdade ou não, o cenário ilustra uma eventual queda do governo.
O primeiro sinal foi dado a 23 de Janeiro, dia em que dos 101 deputados presentes na sessão apenas 45 do PAIGC, da União para a Mudança-UM e do Partido da Convergência Democrática-PCD votaram a favor, e 56 dos quais 41 do Partido da Renovação Social -PRS e 15 descontentes do PAIGC abstiveram-se.
Desde esta data intensificaram se as reuniões, tanto na sede do PAIGC, entre militantes descontentes do PAIGC e também na sede do PRS.
Indira Correia Baldé, em Bissau
radiovaticana/Conosaba
Sem comentários:
Enviar um comentário