O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, conferiu hoje posse aos membros do novo Governo do qual espera "soluções imediatas para os desafios" que o país enfrenta.
Numa cerimónia breve, a que assistiram elementos do corpo diplomático e o chefe das Forcas Armadas guineenses, José Mário Vaz apelou à "conjugação de esforços" entre os órgãos da soberania para que o país possa dar "provas de capacidade de ultrapassar as dificuldades".
O Presidente guineense exortou a todos para uma "reflexão profunda" sobre o sistema político e o Estado de Direito Democrático que se quer construir na Guiné-Bissau, depois da crise política que deixou o país sem um Governo durante dois meses,
Sem rodeios, José Mário Vaz salientou que o actual Governo só foi possível graças ao entendimento entre o Presidente da República e o primeiro-ministro, ainda que os dois responsáveis tenham perspectivas diferentes quanto a sua configuração, referiu.
Os ministros dos Recursos Naturais e da Administração Interna não foram empossados devido ao facto de o Presidente ter vetado os nomes propostos pelo primeiro-ministro para as duas pastas - nomes que não foram divulgados.
Sobre a orgânica do Governo, José Mário Vaz enalteceu ter tentado "no máximo" contribuir para a sua melhoria através de sugestões ao primeiro-ministro para o seu redimensionamento e reformulação "com o único objectivo" de tornar o executivo "consentânea com a realidade económica e financeira" do país.
O Presidente entende que seria "um pesado fardo" para as finanças públicas ter um Governo com elevado número de ministérios e secretarias de Estado, dai ter proposto a redução da orgânica de 34 para 32 elementos.
José Mário Vaz referiu-se ao "papel revelante" que os elementos da comunidade internacional tiveram na saída da crise que o país vinha vivendo.
Lusa
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