Bissau – O Seleccionador Nacional de futebol garantiu esta quinta-feira 15 de Outubro que não foi despedido como seleccionador da equipa Nacional da Guiné-Bissau.
Em exclusivo à PNN, Paulo Torres disse que continua a trabalhar à frente da equipa e sublinhou que tem um compromisso com o país. “Neste momento estou a trabalhar, levantei hoje muito cedo fui para Federação do Futebol da Guiné-Bissau (FFGB) e não foi comunicado nada pelo Governo”, disse Torres.
O técnico português ao serviço da selecção nacional confirmou ter salários em atrasos, uma situação que deverá ser regularizada brevemente.
Sobre o seu relacionamento com a direcção técnica, Torres apontou várias críticas à direcção e particularmente à sua atitude durante o jogo da Libéria no Estádio Nacional 24 de Setembro em Bissau.
“Eu gostaria que a minha equipa de trabalho trabalhasse comigo, pois aquilo que aconteceu no banco no jogo contra Libéria, e o meu adjunto devia assumir o que aconteceu, não pode voltar a acontecer”, disse Paulo Torres.
Por este motivo Paulo Torres defende que a equipa técnica da Selecção Nacional de Futebol deve estar mais disponível e mais próxima da realidade do futebol no mundo.
Paulo Torres confirmou também que foi castigado pela Confederação Africana de Futebol (CAF) por ter orientado um dos jogadores da equipa nacional numa das partidas. Sobre este assunto, Torres disse que a equipa técnica não recorreu em tempo contra esta sanção o que prejudicou a Selecção nacional. “Na Libéria trabalho correu correctamente, mas gastei mais de 50 euros ao telefone a partir de camarote para falar poder com o Paulo Russo, apesar de estar a orientar o jogo na tribuna conseguimos um resultado fantástico”.
Sobre o último jogo em Bissau, o responsável da equipa nacional assumiu, mas desmentiu que Amidu Baldé tivesse sido substituído neste jogo a seu pedido devido a dificuldades respiratórias.
Da sua experiência com a Selecção Nacional guineense, Torres referiu que nunca foram criadas condições técnicas para trabalhar com a selecção local faltando assim um importante trabalho de base. “A parte técnica FFGB tem ainda de trabalhar muito para que sejam criadas condições para seleccionador principal da Guiné-Bissau”, disse.
Apesar de algumas dificuldades, Paulo Torres considera que o seu desempenho à frente da equipa nacional é positivo e lembrou que o objectivo que tinha sido traçado foi comprido: “O meu contrato tem como objectivo principal melhorar classificação do ranking da FIFA, não foi exigido a entrada na fase final de nenhuma competição quer da CAN ou mundial, mas já subimos em 80 no ranking lugares da FIFA e já temos uma selecção reestruturada, contudo sei que todos querem resultados”, defendeu Torres.
Para o técnico nacional no mundo não existe uma selecção que ganha os jogos só com o seleccionador, mas sim com uma equipa de trabalho, aproveitando mais uma vez para reforçar as críticas contra a equipa técnica e a um dos seus adjuntos.
Sumba Nansil
(c) PNN Portuguese News Network/Conosaba
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