quinta-feira, 29 de outubro de 2015

«ECONOMIA GUINEENSE» FMI ANUNCIA CRESCIMENTO DE CERCA DE 05 POR CENTO ESTE ANO

Ministro das Finanças(Foto arquivo)
Bissau, 29 Out 15(ANG) – O representante do Fundo Monetário Internacional(FMI) em Bissau anunciou quarta-feira que o Produto Interno Bruto (PIB) da Guiné-Bissau deverá crescer entre 4,7 e 5 por cento, em 2015.

Óscar Melhado fez este anúncio numa conferência de imprensa conjunta com o ministro guineense da Economia e Finanças, Geraldo Martins.

Segundo o FMI, o crescimento da economia guineense deverá ser este ano de 4,7 por cento, e pode subir para 4,8 por cento no próximo ano, o que implica a revisão em alta do todo o desempenho.

De acordo com Melhado, caso a Guiné-Bissau vivesse num contexto de ambiente político estável e com uma "firme decisão" de controlo das Finanças Públicas, poderia atingir taxas de crescimento mais elevadas".

Por seu lado, o ministro Geraldo Martins admite mesmo um crescimento de 5 por cento ou mais a partir de 2016.

Segundo Geraldo Martins esse crescimento se deve à boa campanha da castanha do caju, principal produto de exportação do país.

O Governo, segundo Martins, contava exportar 150 mil toneladas do caju, mas acabou por exportar 180 mil toneladas.

O Governo e o FMI concordaram que a crise politica que deixou o país durante dois meses sem executivo, "parece não ter tido um impacto substancial na economia".

O ministro disse que tal se deveu às medidas que já tinham sido tomadas pelo Governo demitido para que a campanha de exportação da castanha do caju decorresse sem sobressaltos.

Geraldo Martins sublinhou, contudo, que algumas reformas nas Finanças Públicas deveriam estar já em andamento, mas que tiveram que ser suspensas com a crise política de Agosto e Setembro.

O governante concorda com o FMI quando afirma serem necessárias medidas do executivo para atrair investimentos do sector privado e apoios dos doadores para "fazer descolar a economia" e salientou acreditar que a entrada dos 1,5 mil milhões de dólares prometidos pelos doadores na mesa redonda que o Governo de Bissau organizou em Março passado, na Bélgica, permitirá à Guiné-Bissau "dar um grande salto" em todos os domínios.

O director nacional do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO), João Fadiá, que também participou na conferência de imprensa, confirmou a "boa saúde financeira" da Guiné-Bissau, tendo adiantado existirem no Tesouro do país 100 mil milhões de francos CFA (cerca de 150 milhões de euros) derivados da campanha da comercialização da castanha do caju. 

ANG/Lusa/Conosaba

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