Maputo recebeu esta terça-feira o 10º encontro entre China e Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que juntou cerca de 500 empresários que procuram uma plataforma comum para trocas comerciais e parcerias.
Nesta décima reunião de empresários dos setores da indústria, comércio, turismo, banca, pescas, construção, infraestruturas, energias renováveis e não renováveis os participantes partilharam experiências e pontos de vistas sobre como promover e melhorar o ambiente de negócios e criação de oportunidades de investimentos.
O Fórum Macau, como também é conhecido este encontro anual, foi criado pela China como elo de ligação aos países da CPLP e procura formas de criar um bom ambiente de negócios. Por isso mesmo, acredita-se que o Fórum Macau pode efetivamente servir de plataforma de negócios se atender às necessidades destes países.
Na abertura do evento, esta terça-feira (26.08), o primeiro-ministro de Moçambique, Alberto Vaquina disse que o Executivo moçambicano tem estado a apostar forte no setor privado, que define como “um verdadeiro parceiro do Governo no processo de desenvolvimento económico e social do país”.
O Governo de Maputo prometeu continuar a criar mecanismos que assegurem que o desenvolvimento da economia moçambicana seja orientado em dois pólos. “Por um lado, pelos fatores de produção e com base nos recursos naturais existentes e, por outro, pela promoção e consolidação de uma mão-de-obra cada vez mais apta, treinada e capaz de enfrentar os desafios que o crescimento e a dinâmica atual impõem”, explicou Alberto Vaquina.
Maior colaboração do Fórum Macau
Por causa da crise financeira internacional, Moçambique teve de adotar outras estratégias de gestão dos fundos, mas conseguiu adaptar-se rapidamente a este contexto, afirmou Alberto Vaquina.
“E contra todas as previsões conheceu um aumento no volume de investimento explicado pelo alargamento dos investimentos público e privado, sob a forma de investimento direto nacional, investimento indireto estrangeiro e parcerias público-privadas”, salientou.
O Governo de Maputo pediu maior colaboração do Fórum Macau. A ideia é refletir sobre as formas de gestão das economias do grupo, “sobretudo sobre as políticas de resposta e de mitigação dos efeitos da crise em face de opções de investimento que estimulem o crescimento económico da comunidade de países de língua portuguesa”, defendeu o primeiro-ministro moçambicano.
O que inclui “a concretização do investimento público e privado capaz de conferir mais robustez e competitividade” às economias da CPLP, acrescentou Alberto Vaquina.
Parcerias importantes
Em entrevista à DW África, o presidente da Confederação das Associações Económicas (CTA), Rogério Manuel, disse que as parcerias entre empresários estrangeiros e nacionais são importantes.
“É um sonho para todos nós estarmos inseridos em todos os projetos,em todos os níveis, mas há também que reconhecer a nossa capacidade de intervenção em alguns projetos”, declarou Rogério Manuel.
Pequim e São Tomé e Príncipe, que é também membro da CPLP, não têm relações diplomáticas, uma vez que São Tomé mantém relações diplomáticas com Taiwan, uma ilha que tem um Governo próprio desde 1949 e que Pequim considera uma província separatista.
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