Cerca de 775.508 cidadãos guineenses foram chamados à urnas neste domingo (13.04) para escolherem um novo presidente e elegerem os 102 deputados da Assembleia Nacional Popular.
Como previsto, as urnas fecharam às 17 horas u.t.c nas eleições gerais deste domingo (13.04) na Guiné-Bissau que decorreram sem incidentes, de acordo com várias fontes ligadas ao processo eleitoral.
Também e de acordo com fontes das diferentes missões de observação eleitoral no país, tanto na capital como no interior foram detetados apenas pequenos problemas que não afetam a votação.
A CNE deverá apresentar os resultados definitivos das eleições dentro de uma semana.
Neste dia de votação, a cidade de Bissau, acordou por volta das 5 horas da manhã com as ruas cheias de pessoas que procuravam desesperadamente as suas assembleias de voto, como foi o caso de Bacar Mané. “Vim às cinco horas da manhã e fiquei à espera por um bom tempo para poder exercer o meu direito cívico. Foi difícil, mas consegui votar”.
Dados avançados pela Comissão Nacional de Eleições indicaram que a taxa de participação poderá oscilar entre 60 a 70 por cento, uma das "mais significativas" na história do país. Foram 2.983 mesas de voto no território nacional, 28 na diáspora. Todas abriram por volta das 7h da manhã e fecharam as 17h tempo de Bissau.
Guineenses à espera de votar
Guineenses à espera de votar
Cada eleitor teve a oportunidade de preencher dois boletins de voto com 13 candidatos presidenciais e 15 partidos que concorreram para as legislativas, que mais tarde irão constituir a Assembleia Nacional Popular.
Uma imagem que terá marcado a votação dos guineenses, foi a do Chefe dos militares que há dois anos e um dia liderou o golpe militar. António Indjai deslocou-se na manhã deste domingo à mesa onde deveria votar vestido com trajes tradicionais dos muçulmanos, ou seja completamente de branco e soltou duas pombas brancas logo após ter introduzido o seu boletim de voto na urna. À imprensa, disse apenas PAZ, PAZ.
Por seu turno,Serifo Nhamadjo, presidente de Transição, que cumpriu o dever cívico na sua residência privada no Bairro Militar em Bissau, pediu para que os candidatos aceitassem os resultados desta votação. “Aos partidos políticos e aos candidatos apelo para que aceitem os resultados que serão anunciados pela CNE (Comissão Nacional de Eleições). Ganhe quem ganhar...mas devemos ser capazes de ultrapassar o atual momento na paz e tranquilidade”.
Já os candidatos às eleições presidenciais proferiram quase todos os mesmos discursos e manifestaram-se confiantes na vitória. Paulo Gomes, candidato independente, fez questão de deixar claro que esta é uma oportunidade única para mudar o rumo do país. “O voto hoje foi um ato importante que servirá para mudar o rumo da Guiné-Bissau. Há uma consciência muito forte no seio da população guineense. Tudo está nas suas mãos e essa população compreendeu que esta é uma oportunidade única”.
Abel Incada, candidato do Partido da Renovação Social, disse aos jornalistas no local onde votou que os guineenses deveriam votar no candidato que vai promover a verdadeira reconciliação entre os guineenses. “As eleições significam mudanças e desta vez estamos a contar que o desenvolvimento da Guiné-Bissau arranque de uma vez para sempre”.
Por seu turno, José Mário Vaz, candidato do PAIGC às presidenciais, que votou no jardim Teresa Badinca, no bairro da Tchada, em Bissau, falou da estabilização do país, após essas eleições. “Precisamos estabilizar o país e a Guiné-Bissau só ficará estabilizada com a participação de todos os guineenses.
Também, Nuno Nabiam candidato independente a presidente da Guiné-Bissau, destacou que o país acaba de dar um passo importante rumo à mudança.
DW.DE
Sem comentários:
Enviar um comentário