O pan-africanismo é uma ideologia que propõe o resgate das identidades africanas como uma forma negro-africano e a África do Magrebe, uma história fustigada pelo comercio de escravos, os seus filhos vedados o direito de cidadania instituída pelos estatutos de indigenato onde o darwinismo, foi o ponto alto da visão do negro-africano como apenas mão-de-obra. As duas grandes guerras levaram a tomada consciência dos colonizados na convivência com o colonizador fazendo cair mitos e factos, afinal a evangelização servia não para salvar as almas mas para reforçar o obscurantismo em nome da cristianização a arma do aparelho colonial para melhor dominar. Emerge a consciência de re-africanizar os espíritos, olhar e lutar para si mesmo para o resgate das Identidades, Soberanias e territórios. Os colonizadores franceses e Ingleses após guerra encetaram negociações com as suas colonias e negociaram as Autodeterminações e Independências. Na África negra Gana inaugura as independências seguida de Guiné Conacri, senegal Costa de Marfim ,Tanzânia,(Tanganica-Zanzibar) Zâmbia e muitos outros. A solidariedade e o espíritos de Independências entre todos foi visivelmente demonstrada para com os que ainda não tinha alcançados a liberdade e se encontravam sob o jugo colonial. Dai, surge a ideia da união de todos os povos de África como forma de potenciar a voz do continente no contexto internacional. Relativamente popular entre as elites africanas ao longo das lutas pela independência da segunda metade do século XX, em parte responsável pelo surgimento da Organização de Unidade Africana, o pan-africanismo surge nos Estados Unidos e na Europa no seio dos negros e africanos avidamente defendido fora de África, entre os descendentes dos escravos africanos que foram levados para as Américas até ao século XIX e dos emigrantes mais recentes.
Surgem correntes radicais e moderados que propunham a unidade política de toda a África e o reagrupamento das diferentes etnias, divididas pelas imposições dos colonizadores. Valorizar a realização de cultos aos ancestrais e defendiam a ampliação do uso das línguas e dialetos africanos, proibidos ou limitados pelos europeus.
Pan-africanismo é um movimento político, filosófico e social que promove a defesa dos direitos dos povos africano e da unidade do continente africano no âmbito de um único Estado soberano, para todos os africanos, tanto na África como na Diáspora.
A teoria pan-africanista foi desenvolvida principalmente pelos africanos na diáspora americana descendentes de africanos escravizados e pessoas nascidas em África a partir de meados do século XX como William Edward Burghardt Du Bois1 e Marcus Mosiah Garvey, entre outros, e posteriormente levados para a arena política por africanos como Kwame Nkrumah. No Brasil foi divulgada amplamente por Abdias Nascimento. Mais tarde chamada africanidade.
Normalmente se consideram Henry Sylvester Williams e o Dr. William Edward Burghardt Du Bois como os pais da Pan-Africanismo. No entanto, este movimento social, com várias vertentes, que têm uma história que remonta ao início do século XIX. O Pan-Africanismo tem influenciado a África a ponto de alterar radicalmente a sua paisagem política e ser decisiva para a independência dos países africanos. Ainda assim, o movimento tem conseguido dois dos seus principais objetivos, a unidade espiritual e política da África, sob o pretexto de um Estado único, e pela capacidade de criar condições de prosperidade para todos os africanos.
Pan-Africanismo, vem do grego, pan (toda) e africanismo (referindo-se a elementos africanos). A origem do termo é inserida na corrente filosófica-política historicista do século XIX sobre o destino dos povos.2 . E a necessidade de a unidade de grandes conjuntos culturais ou Nações Naturais a partir do expansionismo imperialista ocidental.
É discutido se a autoria da expressão pertence a William Edward Burghardt Du Bois ou Henry Sylvester Williams.
Meados do século XX o Pan-africanismo foi explicado como uma doutrina política defendida pela irmandade africana, libertação do continente africano de seus colonizadores e ao estabelecimento de um Estado que buscasse a unificação de todo o continente sob um governo africano. Alguns teóricos como George Padmore acrescentaram a partir da Segunda Guerra Mundial, que o governo pan-africano deveria ser gerido segundo as premissas do socialismo cientifico. Outros teóricos postularam o caminho do rastafarianismo político, que defende um governo imperial.
Originalmente, o pan-africanismo centrava-se mais sobre a questão racial que no geográfico. Ainda hoje há muitos que defendam o caminho radicalista, vistos os problemas de integração do norte da África, que conta com uma história diferenciada árabe, em uma unidade cultural coerente com a África Subsaariana. Os objetivos do pan-africanismo atual, ainda que sejam semelhantes aos originais, mudaram.
Como todos os inícios de lutas dos dominados ou explorados tende a ser radical , também o Pan-africanismo não fugiu a regra.
Obs:voltarei para II parte sempre com o compromissam de não cansar o leitor.
Eduardo Monteiro
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