O Presidente do Partido Nossa Pátria (PNP), Mamadu Trauale, deu esta terça-feira, 07 de janeiro de 2025, dez dias ao Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, para demitir o atual governo liderado por Rui Duarte Barros, por este não estar em condições de continuar a dirigir os destinos do país.
O líder do PNP alertou que, caso o chefe de Estado não demita Rui Duarte Barros em quinze dias, a formação política que lidera mobilizará o povo guineense para uma manifestação popular pacífica para dizer basta à má governação.
Mamadu Trauale, que falava em conferência de imprensa realizada em Bissau, disse que os partidos da oposição não estão a desempenhar o papel de uma oposição crítica ao atual regime no poder.
“Se as coisas se mantiverem, o futuro da Guiné-Bissau será adiado para sempre. O PNP não está interessado que isso seja uma solução”, disse, sublinhando que por essa razão os dirigentes do partido decidiram pronunciar-se sobre a atual situação política, porque “ não nos conformamos com aquilo que se está a viver no país”.
O presidente Partido Nossa Pátria referiu que “é preciso defender a verdade, pautar as nossas ações pela legalidade como rege a norma política na Guiné-Bissau”.
Mamadu Trauale criticou a atuação do atual regime e disse que neste momento a situação política está “totalmente baralhada”, fruto da divisão que se regista em quase todos os principais partidos políticos legalmente constituídos.
“Essa divisão não está apenas ao nível das formações políticas, abrange também as famílias e a sociedade guineense. O Presidente Sissoco Embaló é o responsável por tudo, por isso não deveria ter conformado com a atual situação dos partidos políticos na Guiné-Bissau”, indicou.
Mamadu Trauale exortou o chefe de Estado a assumir a sua responsabilidade de garantir a estabilidade política, por o país não estar bem, como também não foi marcada a data para a realização das eleições, para tirar o país da situação difícil em que se encontra, desde que Embaló derrubou o governo que saiu das últimas eleições legislativas de 4 de junho de 2024.
“O atual governo liderado por Rui Duarte Barros perdeu a capacidade de governar a Guiné-Bissau, prova disso começou a introduzir impostos para sobrecarregar a população guineense que estava cansada com a subida de preços de produtos de primeira necessidade e o custo de vida. Tem sido recorrente nos últimos tempos cada ministro produz um despacho, sem, no entanto, saber quais serão as consequência das decisões que toma na vida da população”, criticou.
O político fez referência ao despacho ministro da Educação Nacional que tinha aumentado as mensalidades nas unidades da Escola Superior de Educação e a outros departamentos governamentais. Isso foi mais greves em todos setores.
“Rui Duarte Barros deve ser demitido de funções o mais rápido possível, por provar que não está à altura dos desafios do país. Caso contrário, convocaremos a sociedade guineense para sair à rua para exigir a demissão do governo em bloco”, alertou e desafiou os dirigentes do Movimento Nacional da Sociedade Civil para a Paz e o Desenvolvimento a assumirem as suas responsabilidades de exigir boas ações de governação e defender a população guineense que neste momento “está sufocada com a desgovernação” do atual executivo que “a cada dia inventa impostos para matar o povo”.
Acrescentou que os responsáveis do Movimento Nacional da Sociedade Civil não podem continuar a manter encontros no gabinete do Presidente da República para construir consensos ou diálogo e que, quando está desse lado, engana a população com “conversas açucaradas”.
“Iso não pode continuar. Precisamos de uma sociedade civil credível que proteja os interesses do povo, não de pessoas particulares ou de um grupo de partidos políticos e de pessoas”, defendeu.
Por: Aguinaldo Ampa
Conosaba/odemocratagb
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