sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Cooperação/ Mauritânia e Senegal iniciam exploração conjunta de gás

A produção de petróleo e gás no Senegal será destinada à exportação e ao consumo interno© Bernd von Jutrczenka/dpa/picture alliance

O Senegal e a Mauritânia anunciaram um avanço na exploração do gás comum com "a abertura do primeiro poço da sua jazida marinha", um "passo importante para a comercialização".

"Os ministérios responsáveis pela Energia na Mauritânia e no Senegal, através da Petrosen e da Société Mauritanienne des Hydrocarbures (duas empresas públicas senegalesas e mauritanas) anunciam hoje "o orgulho" com a abertura oficial do primeiro poço do depósito GTA", adiantam.

Segundo a nota conjunta, citada pela agência noticiosa francesa AFP, "a concretização deste importante evento marca um passo importante na conclusão do projeto GTA e consolida a parceria exemplar existente entre a Mauritânia e o Senegal, agora destinada a desempenhar um papel fundamental na indústria energética regional".

O projecto Grand Tourtoise/Ahmeyim (GTA), executado na fronteira com a Mauritânia, está a ser desenvolvido pela petrolífera britânica BP e pela norte-americana Kosmos Energy, a Société Mauritanienne des Hydrocarbures (SMH) e a Petrosen, refere o anúncio.

De acordo com o comunicado, espera-se que esta jazida produza cerca de 2,5 milhões de toneladas de gás natural liquefeito por ano.

O início da produção inicialmente anunciado para o final de 2024 foi adiado para 2025, sem especificação da data, adianta o comunicado, acrescentando que a abertura deste primeiro poço "abre caminho para o início da comercialização de gás prevista para muito em breve".

Desde junho, o Senegal entrou no círculo dos países produtores de hidrocarbonetos com o início da extração de petróleo do campo de Sangomar, pela empresa australiana Woodside.

Este campo de águas profundas, localizado a cerca de 100 km a sul de Dacar, contém petróleo e gás, sendo que o desenvolvimento foi lançado em 2020 e exigiu um investimento de cerca de cinco bilhões de dólares (perto de 4,9 mil milhões de euros), segundo a empresa, que estima como meta produzir 100 mil barris por dia.

A produção de petróleo e gás no Senegal será destinada à exportação e ao consumo interno.

Estará longe de atingir os níveis de gigantes globais e africanos como a Nigéria, mas são esperadas receitas na ordem dos milhares de milhões de dólares, bem como uma transformação acelerada da economia.

Conosaba/Lusa

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