sábado, 7 de maio de 2022

Transportadores públicos guineenses paralisam em protesto por cobrança por utilização de estradas

Os motoristas de transportes públicos na Guiné-Bissau observam, desde quinta-feira, uma paralisação das suas atividades contra a cobrança pelo Governo do chamado Fundo Rodoviário, taxa cobrada pela utilização das estradas, disse hoje à Lusa fonte oficial.

Caram Lamine Cassamá, presidente da Federação das Associações dos Motoristas da Guiné-Bissau, explicou que os motoristas decidiram parar o transporte de passageiros e cargas de Bissau para o interior e vice-versa em sinal de protesto "por mais uma violação por parte do Governo".

"Em 2021 a Federação assinou um acordo de entendimento com o Governo para que o Fundo Rodoviário voltasse a ser cobrado só depois de as estradas serem reparadas, mas, estranhamente, na quinta-feira, o Governo arrancou com as cobranças e nós decidimos parar", com o transporte de pessoas e cargas, afirmou Lamine Cassamá.

O responsável da federação de motoristas precisou que o Governo "até tem feito algumas estradas", mas que na opinião dos seus associados não são aquelas que necessitam de intervenções urgentes.

Caram Cassamá deu os exemplos da estrada que liga Bissau a Jogudul, em Mansoa que, disse, dá acesso às zonas leste e sul da Guiné-Bissau, e à que liga Safim a São Domingos, na zona norte do país.

"Estas duas estradas, para nós, são as mais urgentes, mas não estão a ser reparadas", observou Cassamá.

O presidente da federação das associações de motoristas denunciou ainda que a polícia de trânsito não só está a cobrar o Fundo Rodoviário, como cinco mil francos CFA (7,6 euros) de uma alegada multa "pela demora no pagamento do fundo".

Conosaba/Lusa

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