O líder da Resistência da Guiné-Bissau (RGB) – Movimento Ba-fata, Fernando Mendes, defendeu esta quarta-feira, 10 de junho de 2020, que para se ultrapassar o impasse político vigente, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) deve reconhecer a perda da maioria parlamentar e aceitar liderar a oposição.
A posição daquela formação política sem representação no Parlamento e que na segunda volta das eleições presidenciais, apoiou o atual Chefe de Estado, na altura candidato apoiado pelo Movimento para Alternância Democrática (MADEM), Úmaro Sissoco Embaló, foi tornada pública hoje numa conferência de imprensa realizada na sede daquela formação política, em Bissau. Na mesma ocasião, o político exortou os partidos com assento no Parlamento a criarem condições para provar aos eleitores guineenses, quais formações políticas conseguem garantir uma maioria parlamentar e legitimidade governativa, para que o Presidente da República possa atribuí-lhe a responsabilidade de formar o novo governo.
Para o líder da RGB/MB, não existe impasse político no país, mas sim “verdadeiras brincadeiras”. Lembrou que há duas visões políticas que estão em confronto no Parlamento, a do Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15) e seus parceiros consubstanciada no novo acordo de incidência parlamentar que reclamam a nova maioria e a do PAIGC e seus aliados que também alegam que detêm a maioria, contudo, diz que na ausência do entendimento a nível do Parlamento, o Chefe de Estado tem uma saída, que no seu entender é a dissolução da Assembleia Nacional Popular.
Assegurou neste particular que a única saída da crise ou daquela que considera “brincadeira” é o PAIGC abandonar a “manobra dilatória” de condicionar a aceitação do Presidente da República.
Por: Djamila da Silva
Foto: D. S
Conosaba/odemocratagb
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