O médico guineense, Plácido Cardoso, com mais de 27 anos de experiencia em saúde pública, disse que o governo deve reforçar trabalhos de sensibilização com linguagens claras sobre a prevenção da pandemia de coronavírus
Em entrevista à RSM, Plácido Cardoso disse que se a população for bem sensibilizada poderá evitar pânico e ajudará a tomada de medidas concretas de prevenção que ajudarão a eliminar tabús.
“Penso que as medidas tomadas até aqui são proporcionais ao risco da doença e penso que a medida mais importante e do maior peso é uma vasta campanha de sensibilização e conscientização da população e dos técnicos da saúde. Porque cada um deve estar com a ideia clara de contaminação e de prevenção da doença porque quanto mais clara a mensagem pode-se reduzir os riscos e rumores que poderão ter peso na vida das pessoas”
Plácido Cardoso disse que as autoridades tradicionais e religiosas poderão ter impacto positivo na prevenção da doença da igual forma a o que aconteceu na prevenção do Ébola.
Na mesma entrevista à RSM, Plácido Cardoso, que já desempenhou as funções do director da INASA e em alguns organismos internacionais, alerta as autoridades sanitárias para, durante este período critico, ponderarem a tomada de decisão sobre as normas para o enterro das pessoas mortas em casa ou nos hospitais.
“Sabemos que existem pessoas que têm contacto directo com os cadáveres e alguns deitam em cima dos cadáveres e isso é perigo e corre-se o risco de contaminação”.
Perante a situação da pandemia do coronavírus, Plácido Cardoso disse que muitas vezes não se consegue avançar com certas medidas devido ao interesse político, porque pensa-se que devido a sensibilidade da população o facto poderá criar rejeição, mas a população deve ser educada e principalmente no que coloca em risco a nossa saúde.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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