Bissau,25 Mar 20 (ANG) - Os jornalistas da rádio Capital FM, estação privada da Guiné-Bissau apresentaram-se na terça-feira na Polícia Judiciária (PJ), onde responderem à queixa de uma cidadã.
Ansumane Sow e Adão Ramalho, ambos animadores de um popular programa matinal da Capital FM.
A queixa contra os dois jornalistas foi apresentada à PJ pela cidadã guineense Salimatu Camará, que disse estar a "defender o nome e a honra do seu pai", Seco Camará, delegado da Comissão Regional de Eleições (CRE) na região de Quinará, sul da Guiné-Bissau.
Segundo Ansumane Sow, a queixosa entende que os dois jornalistas "colocaram em causa o bom nome do pai", ao terem passado uma entrevista em que a atuação de Seco Camará, enquanto agente eleitor, foi criticada.
O jornalista da Capital FM defendeu-se, frisando que "a rádio apenas emitiu uma denúncia" feita por Lamine Mané, administrador de Fulacunda, um dos setores da região de Quinará, dando a oportunidade a Seco Camará para se defender.
"A rádio emitiu as versões dos dois lados, como é obvio, mas parece que a filha de Seco Camará agora vem dizer que não demos a versão do pai dela, mas é o que vamos provar na justiça, se for o caso", afirmou Ansumane Sow.
Acompanham os dois jornalistas da Capital FM, os advogados Luís Vaz Martins, antigo presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Fodé Mané, reitor da Universidade Amílcar Cabral, Victor Mbana e Roberto Indeque, ambos membros da ordem dos Advogados da Guiné-Bissau.
Na passada quarta-feira, o jornalista Sabino Santos, da mesma estação, foi ouvido no Ministério Público, no âmbito de uma queixa-crime que lhe foi movida por um dirigente partidário, sob acusação de alegada utilização indevida do "bom nome".
Santos aguarda pela decisão do Ministério Público.
Conosaba/ANG/Aliu Candé/site Bissau on line
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