O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, disse este domingo (04.02) à margem do enceramento do IX congresso do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) que espera a participação do Partido na formação do seu governo, enquanto um dos subscritores do Acordo de Conacri.
Sem indicar nomes de elementos que farão parte do seu governo, Artur Silva, igualmente dirigente do PAIGC, garantiu que todos os signatários do Acordo de Conacri irão ser convidados a fazer parte do seu governo, incluindo o seu partido que foi arredado do poder devido a divergência com o Chefe de Estado, José Mario Vaz.
“O PAIGC é um dos signatários do documento e o governo que irei formar com certeza será na base da implementação do roteiro do “Acordo de Conacri” feito pela Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), portanto espero que o meu partido participe neste governo”, declarou Silva.
Em declarações aos jornalistas momentos depois da reeleição de Domingos Simões Pereira como líder do PAIGC, Silva revelou a imprensa que vai começar as consultas com todos os partidos nesta segunda-feira (05.02), com vista à formação de novo governo.
“Eu penso que as críticas são boas, mas como eu disse vou começar as minhas consultas amanha e consultarei todas as partes envolvidas na assinatura do acordo e não perguntem como vou fazer estas consultas com os subscritores do documento”, vincou Artur Silva.
De referir que o líder do PAIGC, Simões Pereira enfatizou as qualidades técnicas e profissionais de Artur Silva e ainda o facto dele ser militante e dirigente do PAIGC, mas demarcou o partido daquela nomeação.
No entender de Domingos Simões Pereira, o Presidente da República, não quis cumprir com a Constituição, propondo ao seu partido a indicação do nome do primeiro-ministro e também não respeitou o Acordo de Conacri.
A intenção de José Mário Vaz, ao propor Artur Silva, diz o líder do partido, é criar divisão no seio do PAIGC.
O Acordo de Conacri é um instrumento patrocinado pela comunidade da África Ocidental e rubricado pelos atores políticos guineenses, visando acabar com a crise política que já dura no país lusófono há cerca de três anos.
Redação
Conosaba/faladepapagaio/Radiojovem
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