domingo, 18 de fevereiro de 2018

PORTUGAL PAÍS REAL» CONGRESSO/PSD: RUI RIO QUER DEBATES ALARGADOS SOBRE DESCENTRALIZAÇÃO E SEGURANÇA SOCIAL

O novo presidente do PSD, Rui Rio, defendeu hoje debates alargados no país sobre duas matérias que considera essenciais, a descentralização e a reforma do sistema da Segurança Social.



"Os países mais atrasados são aqueles que tudo concentram e tudo centralizam. Os países desenvolvidos são os que mais se descentralizam e menos concentram", defendeu, no seu discurso de encerramento perante o 37.º Congresso do PSD.


Rui Rio questionou a necessidade de todos os institutos públicos terem a sua sede em Lisboa, "mesmo que sejam ligados à agricultura, às pescas ou às florestas".

"Será que o Tribunal Constitucional ou a Provedoria de Justiça não poderiam estar localizados, por exemplo, em Coimbra?", questionou, retomando uma proposta que já tinha feito durante a campanha.

Para o novo presidente dos sociais-democratas, um país mais equilibrado territorialmente é compatível "com uma melhor e mais rigorosa gestão da despesa pública", lembrando que "quem trouxe a dívida pública para os patamares da irresponsabilidade foi a administração central".

Sem nunca falar em regionalização, Rio avisou que se for para "gastar muito e mal", mais vale nada mudar na administração do território.

"Se quisermos os dinheiros do Estado melhor geridos e mais controlados, teremos de mudar de vida", apelou.

Para Rio, "é este debate sério, sem tabus" que está por fazer em Portugal e que "o PSD propõe que o país faça em nome do seu próprio futuro".

Sobre Segurança Social, Rui Rio defendeu igualmente a urgência de uma reforma que confira "justiça, racionalidade económica e sustentabilidade" ao sistema, salientando que é preciso "atuar enquanto é tempo".

"É este o desafio que o PSD faz ao Governo, aos demais partidos e aos parceiros sociais", afirmou.

Rio fez sobretudo um diagnóstico e não apontou soluções concretas, pedindo que se garanta a "equidade e solidariedade intergeracional".

"As receitas provenientes da TSU -- cujas taxas são altíssimas e pouco ajudam à criação de emprego -- não são suficientes para financiar todas as despesas", afirmou, acrescentando ser "imprescindível pensar globalmente o sistema, as suas prioridades e os efeitos que se pretendem sobre a economia









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