Os professores da Guiné-Bissau iniciam hoje uma greve nacional, convocada pelos dois sindicatos do setor, para exigir o cumprimento do memorando assinado com o Governo, em junho.
O pré-aviso de greve é válido até dia 24 deste mês.
Em comunicado enviado à Lusa, o Sindicato Nacional dos Professores e o Sindicato Democrático dos Professores exigem o cumprimento de 17 pontos, incluindo pagamento de salários em atraso relativos a 2003/2004 e 2005/2006, os salários a professores contratados referentes ao ano letivo de 2016/2017 e a conclusão do pagamento de salários aos professores da categoria "novos ingressos".
Os sindicatos exigem também a melhoria das condições de trabalho, formação, construção de infraestruturas escolares e incentivos aos professores colocados nas regiões, entre outros pontos.
No comunicado, os sindicatos manifestaram "total abertura para um diálogo franco" com o Governo.
O ano letivo na Guiné-Bissau teve início em meados de outubro, mas segundo a imprensa guineense as escolas públicas continuam encerradas devido à falta de comparência de alunos e professores.
Entretanto, o Governo guineense, também através de um comunicado, classificou como "lamentável" a iniciativa dos dois sindicatos.
"Para o Conselho de Ministros, o posicionamento do Sindicato Nacional dos Professores e do Sindicato Democrático dos Professores, além de lamentável, torna-se inexplicável e constitui um sério atentado ao princípio da legalidade e da boa colaboração entre o patronato e os sindicatos", refere o Governo guineense.
Segundo o Conselho de Ministros, a "análise dos dados prova que a greve começou muito antes do tempo previsto", sublinhando que os dois sindicatos "não se dignaram a iniciar as aulas".
Na defesa dos "superiores interesses do país", o Governo guineense decidiu iniciar negociações com os sindicatos dos professores.
Conosaba/Lusa
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