o ministro das Pescas guineense, Orlando Viegas
Bissau - O Governo da Guiné-Bissau e a União Europeia realizaram segunda-feira uma reunião mista para debater e avaliar aspectos relacionados com o último acordo de pesca.
"Neste momento, estamos a fazer uma avaliação do que foi o protocolo anterior, que tem de ser analisado e discutido no aspecto técnico e financeiro", afirmou o ministro das Pescas guineense, Orlando Viegas.
Segundo o ministro, a reunião serviu para analisar aquilo que foi o financiamento da União Europeia à Guiné-Bissau para se tentar marcar mais uma ronda de negociações.
"É uma questão negocial, não há grandes agitações. Estamos a negociar, isto é uma negociação, as cedências têm de ser de ambas as partes. O que nos interessa neste momento é de facto ter um acordo que sirva o interesse da Guiné-Bissau e da União Europeia", explicou o ministro.
Orlando Viegas disse também que apenas está a defender os interesses nacionais, recusando acusações de estar a ser um obstáculo às mesmas.
"Estou a apenas a defender o interesse nacional e é isto que estamos a fazer. Há uma divergência relativa ao aspecto técnico e ao aspecto financeiro e as coisas estão em cima da mesa e vamos continuar a discutir para vermos se conseguirmos chegar a um ponto de convergência", disse.
O acordo de parceria no sector da pesca entre a União Europeia e a Guiné-Bissau foi concluído em Junho de 2007, prevendo a sua renovação por períodos de quatro anos.
O acordo permite que navios de Espanha, Portugal, Itália, Grécia e França pesquem nas águas guineenses e inclui a pesca de atum, cefalópodes (polvos, lulas, chocos), camarão e espécies demersais (linguados e garoupas).
Em troca, a União Europeia paga à Guiné-Bissau 9,5 milhões de euros.
O acordo termina no final de Novembro.
"Estamos em conversações, estamos em permanente conversação", disse Emanuel Berke, representante da União Europeia ligado ao gabinete que trata dos acordos de pesca.
Segundo o responsável, a União Europeia e a Guiné-Bissau estão a trocar pontos de vista, foram feitas concessões e "com tempo" será possível chegar a um entendimento.
"Estamos de acordo para finalizar estas negociações", disse.
Conosaba/angop
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