Sede da Uniogbis. Foto: Uniogbis
Manifestantes descem às ruas de Bissau, nestas quinta e sexta-feiras, para exigir cumprimento do Acordo de Conacri; documento prevê nomeação de um primeiro-ministro consensual e formação de um governo com base parlamentar, parceiros do país pediram moderação.
As Nações Unidas e quatro outras organizações parceiras do desenvolvimento da Guiné-Bissau estão preocupadas com o aumento da tensão social e política no país. Eles reafirmam que o Acordo de Conacri continua a ser o principal quadro para a resolução da crise, instalada há mais de dois anos.
Interesses da Nação
A preocupação do grupo, denominado "P-5", consta do comunicado distribuído à imprensa pelo Gabinete Integrado da ONU para a Consolidação da Paz, Uniogbis no final de uma reunião que discutiu esta quarta-feira os últimos desenvolvimentos políticos no país.
O P-5 é formado por ONU, União Africana, Cedeao, União Europeia e Cplp.
As cinco organizações exortam todos os atores políticos guineenses a colocarem os interesses da nação no centro das suas ações e que demostrem contenção e moderação, convidando-os a expressarem seus pontos de vista e de discórdia de forma pacífica.
Marcha Pacífica
O grupo dos parceiros internacionais apela os atores nacionais a concentrarem esforços para acabar com o atual impasse em conformidade com o Acordo de Conacri, patrocinado pela Cedeao. O bloco Regional aponta o Acordo com principal instrumento para resolver a crise.
A posição é reiterada pelo Conselho de Segurança da ONU, o Conselho de Paz e Segurança da União Africana e a União Europeia.
A reunião do P-5 ocorre a poucas horas do início das manifestações populares da quinta e sexta-feiras em Bissau, agendadas pelo Coletivo dos Partidos Democráticos da Guiné-Bissau. Os 17 partidos da oposição exigem a demissão do atual governo e o cumprimento do Acordo de Conacri de 16 de Outubro de 2016.
Conosaba/Amatijane Candé, de Bissau para a ONU News.
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