O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, apelou hoje aos políticos guineenses para aplicarem o Acordo de Bissau para acabar com o impasse político que o país vive.
Num comunicado divulgado à imprensa, o chefe de Estado guineense "apela a todos os guineenses, particularmente aos políticos, a aproveitarem o ambiente de fraternidade e, sem violência, sem ameaças nem ultimatos, para aplicarem o Acordo de Bissau, um acordo entre guineenses, para a saída da crise que assola o país".
O Presidente guineense terminou segunda-feira uma visita que realizou a campos agrícolas em várias regiões do país, tendo sido recebido em Bissau por milhares de apoiantes.
No documento, José Mário Vaz lança também um "vibrante apelo" ao Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e à Assembleia Nacional Popular (ANP, parlamento).
"Ao PAIGC, para que abra os seus braços e as portas da sua sede para promover a reconciliação interna e oferecer uma oportunidade de paz social ao nosso povo. À ANP para que abra as portas para pôr fim ao bloqueio institucional que condiciona fortemente o funcionamento do Estado", lê-se no comunicado.
O acordo de Bissau foi assinado em 2016 e é anterior ao acordo de Conacri. O acordo de Bissau prevê a constituição de um governo de unidade (com todos os partidos com representação parlamentar) para que haja estabilidade até ao fim da legislatura em 2018.
Desde 2014, a Guiné-Bissau já teve cinco primeiros-ministros e vive um momento de impasse político, com o parlamento encerrado há cerca de dois anos.
O atual Governo da Guiné-Bissau não tem o apoio do partido que ganhou as eleições, o PAIGC, e o impasse político tem levado vários países e instituições internacionais a apelarem ao consenso e ao diálogo entre os guineenses.
Sobre as visitas aos campos agrícolas, o Presidente disse esperar um aumento da produção de arroz para este ano.
Conosaba/Lusa
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