Comissão das Nações Unidas de Consolidação da Paz tensões no país estão causando clima de incerteza; impactos negativos já podem ser vistos com suspensão de serviços sociais para a população.
A Comissão da ONU de Consolidação da Paz para a Guiné-Bissau divulgou um comunicado esta quarta-feira dizendo que está preocupada com as "tensões políticas e institucionais" no país.
O cenário político é marcado por divergências que envolvem partidos representados no Parlamento. Segundo os diplomatas, a situação está "causando um clima desnecessário de incertezas no país".
Compromissos
Para a Comissão da ONU, já estão sendo vistos impactos negativos no funcionamento do Estado, como a interrupção de serviços sociais que são vitais para a população guineense.
A Rádio ONU entrevistou o representante especial do secretário-geral para o país. Miguel Trovoada está em Bissau e falou sobre as prioridades neste momento.
Violência
"Não deixamos de chamar a atenção de uns e outros para a necessidade de rapidamente por como direita a situação, porque isto tem estado a penalizar sobremaneira a sociedade guineense. O governo não está em pleno exercício das suas funções. Por outro lado, essa situação também tem outras consequências sociais como atos de delinquência, já se fala muito também do aumento do tráfico de drogas, há manifestações e alguns sinais de violência."
Miguel Trovoada disse que os responsáveis por essa situação "são os próprios partidos políticos guineenses". A Comissão de Consolidação da Paz pede aos representantes políticos e sociais da Guiné-Bissau que evitem qualquer ação que possa contribuir para mais instabilidade.
Segundo o grupo, as autoridades nacionais precisam cumprir os compromissos assumidos na mesa-redonda de Bruxelas. Os diplomatas da ONU querem a garantia de um ambiente estável e propício para que os doadores financeiros possam desembolsar suas promessas.
A Comissão faz um apelo aos líderes políticos da Guiné-Bissau para que promovam um clima construtivo de compromisso e de cooperação por meio do diálogo. As prioridades nesse momento devem ser a criação de um ambiente de confiança e fortalecer a democracia.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.*
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