Ex-Combatente Alberto António de Pina |
Bissau,14 Jan 16(ANG) - O cidadão e ex-combatente da liberdade da pátria, Alberto António de Pina disse que as divergências internas no seio do PAIGC não deviam ter nada a ver com a aprovação ou não do programa do governo na ANP.
Em entrevista exclusiva à ANG, António de Pina sublinhou que a solução para qualquer problema interno no PAIGC tem que ser resolvida dentro do partido e com base na observância dos seus estatutos.
"O que estamos a viver nesse momento é que os problemas internos do PAIGC foram levados para o parlamento o que não tem nada a ver com o papel da ANP que é de legislar e fiscalizar a acção governativa", notou.
Aquele combatente da liberdade da pátria afirmou que o programa do governo é uma emanação do povo guineense que deu ao PAIGC a vitoria nas eleições legislativas de 2014 e por isso deve merecer a bênção de todos os guineenses e não apenas de um partido.
"Se o grupo de quinze deputados estão a reclamar alguma coisa devem recorrer ao partido e não ao parlamento porque o hemiciclo não tem nada a ver com os seus problemas internos no partido", criticou.
Revelou que não houve nenhuma discussão do programa do governo por parte dos deputados aquando da sua primeira apresentação, salientando que eles optaram apenas em abordar as divergências internas no partido.
"Se o programa do governo não for aprovado o quê do povo guineense? Para voltarmos a um governo de transição? Que saída podemos encontrar tendo em conta que a actual direcção do PAIGC vai sempre reclamar o poder que o povo lhe conferiu nas urnas", questionou.
Segundo ele, o Partido da Renovação Social por sua vez devia votar a favor a aprovação do programa do governo de Carlos Correia para salvaguardar o bem estar do povo.
"Na minha qualidade de militante e combatente da liberdade da pátria exorto a direcção do partido para ter a coragem de accionar os mecanismo legais para sancionar os elementos do referido grupo no seu seio", referiu, acrescentando que isso é normal em qualquer sociedade.
Disse que qualquer conduta de um militante deve basear-se no respeito das normas e regras do partido.
"Porque falamos na Constituição da República? Porque é uma Lei Magna que regula a nossa sociedade e tem que ser respeitada por todos. É de igual forma que devemos respeitar os estatutos do partido", aconselhou.
Alberto António de Pina sublinhou que não é possível que o povo elege os seus representantes para defenderem os seus interesses no parlamento e estes fazem ao contrário a pensar nos seus interesses pessoais.
ANG/ÂC/SG\\Conosaba
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