O novo Procurador-Geral da República, Amadu Tidjane Baldé , assumiu esta terça-feira, em Bissau, uma postura de tolerância zero perante a corrupção e o tráfico de drogas, prometendo medidas “claras e decisivas” para travar ambos os fenómenos, que consideram ameaças diretas ao Estado.
Durante a cerimónia de transferência de poderes com o seu antecessor, Fernando Gomes ,Tidjane Baldé anunciou que irá reforçar os mecanismos de investigação e criar novas estratégias para devolver retorno às instituições públicas.
O Procurador-Geral alertou ainda para a necessidade urgente de conter a fuga de documentos oficiais, frequentemente divulgados nas redes sociais antes da sua publicação formal, um problema que foi classificado como “inadmissível e corrosivo para a autoridade do Estado”.
Dirigindo-se aos magistrados, recordou que, em 2024, a Guiné-Bissau ocupou o 158.º lugar entre 180 países no Índice de Perceção da Corrupção, com apenas 21 pontos , um retrato que, segundo disse, “não pode ser ignorado”.
Nomeado pelo Comando Militar, Amadu Tidjane Baldé afirmou de forma categórica que o país “não pode permitir que redes criminosas e narcotraficantes tenham qualquer tipo de influência sobre o poder político”.
Questionado pela RSM sobre o inquérito relativo ao corpo encontrado no rio de Mansoa, na zona de João Landim , o novo Procurador-Geral preferiu não se pronunciar, alegando tratar-se de um processo em curso.
Antes da sua nomeação, Amadu Tidjane Baldé exerceu o cargo de presidente do Tribunal de Contas , função que agora deixa para assumir a liderança do Ministério Público.
RSM: 09/12/2025



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