segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

"Avião de droga" fica para o Estado da Guiné-Bissau



O coletivo de três juízes do Tribunal Regional de Bissau declarou perdido para o Estado da Guiné-Bissau a aeronave apreendida em setembro de 2024 em Bissau, com 2,6 toneladas de cocaína.
A decisão já havia sido requerida pelo Ministério Público, que agora viu a sua pretensão atendida pelos juízes que julgaram o caso em dezembro e proferiram a sentença esta segunda-feira.
Além de declarar a aeronave a favor da Guiné-Bissau, os cinco tripulantes do aparelho apreendido foram todos condenados a 17 anos de prisão efetiva, pelo coletivo de juízes do Tribunal Regional de Bissau.
Os condenados são os cinco tripulantes da aeronave, nomeadamente dois mexicanos, um colombiano, um cidadão do Equador e um brasileiro, que se encontram detidos desde setembro, nas celas da Polícia Judiciária (PJ) guineense.
Um dos réus, o brasileiro, não presenciou a leitura da sentença, por estar alegadamente doente, apurou a CFM, no salão do Tribunal Regional de Bissau, que recebeu várias pessoas que quiseram testemunhar a leitura do veredito.
Simão Té, do coletivo de advogados de defesa, diz que houve várias "irregularidades" no processo e anuncia que vai recorrer da sentença.
A operação que ficou conhecida por "Lading" foi desencadeada em 7 de setembro de 2024, na qual a Polícia Judiciária guineense apreendeu uma aeronave, alegadamente proveniente da Venezuela, com 2,6 toneladas de cocaína, no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira.
Esta é a maior apreensão de droga na história da Guiné-Bissau e contou com a colaboração dos parceiros internacionais da PJ, entre eles a DEA, agência norte-americana de combate à droga.
Por CFM

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