Ousmane Sonko, fundador do partido Patriotas Africanos do Senegal para o Trabalho, a Ética e a Fraternidade (Pastef), agradeceu, na sua página do Facebook, o apoio que tem recebido dos seus apoiantes desde que foi preso e insistiu na necessidade de continuar a resistir através dos meios que a sua situação lhe permite, razão pela qual vai retomar a greve de fome, pouco mais de um mês depois da última.
Sonko está há vários meses a efetuar esta prática e, como consequência, já teve agravamentos de saúde.
O líder da oposição anunciou que decidiu recomeçar a greve de fome para marcar a sua "solidariedade com as corajosas irmãs patriotas injustamente presas por exprimirem as suas opiniões políticas", muitas delas ainda hoje.
Sonko denunciou ainda que estas estão "privadas de qualquer contacto com os seus entes queridos".
Através da sua comunicação frisou, ainda, que a sua detenção foi arbitrária, com o objetivo de o impedir de se candidatar às eleições presidenciais, previstas para 25 de fevereiro de 2024, na nação que faz fronteira com a Guiné-Bissau.
Os advogados de Sonko apresentaram queixas ao Tribunal de Justiça da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e do Supremo Tribunal, numa tentativa de restaurar os direitos políticos do partido na perspetiva das próximas eleições presidenciais.
Sonko foi detido pela última vez no início de agosto, na sequência de uma disputa com um grupo de polícias que o filmava enquanto estava em prisão domiciliária em Dacar, mas também por ter incitado à insurreição ao apelar aos protestos populares numa mensagem publicada nas redes sociais.
Conosaba/Lusa
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