O Primeiro-ministro do governo de Coligação “Pai Terra Ranka”, Geraldo João Martins, defendeu que um dos desafios das atuais autoridades não é apenas fornecer energia à capital Bissau, mas também nas regiões, para que todos os cidadãos tenham acesso a uma energia de qualidade e acessível e que o apagão que aconteceu em Bissau não seja registado nas regiões.
Geraldo Martins fez esse anúncio esta sexta-feira, 27 de outubro de 2023, na cerimónia da entrega de um gerador de 1 MW à cidade de Bafatá e as respetivas chaves ao delegado regional da energia, Adulai Candé.
Na sua pequena intervenção, antes da formalização da entrega, o chefe do governo descreveu que no plano de emergência anunciado pelo executivo guineense, o setor da energia surge como um dos eixos indispensáveis.
“Um dos desafios é levar a energia às regiões” , disse, anunciando que está em curso um plano e esforços de colocar a energia, nesta fase, em 4 regiões chaves, nomeadamente Bafatá, Gabú, Bubaque (região de Bolama Bijagós) e Canchungo ( região de Cacheu).
“Vamos aumentar a capacidade de produção, fornecer energia de qualidade e baixar o preço ao consumidor”, assegurou, lembrando que no âmbito do programa de emergência já se fez algum esforço em reduzir o custo de vida à população, baixando os preços do arroz, do pão, da farinha de trigo e outras medidas que serão anunciadas em breve.
Geraldo Martins afirmou que todos que querem contribuir no fornecimento da energia em Bafatá ou qualquer em parte do país, o mercado estará aberto, tendo frisado que, em relação à Bafatá, o governo assinará uma parceria de fornecimento de combustível com o fornecedor privado que está a operar neste momento no mercado local.
Anunciou que na próxima semana, o governo vai entregar, no âmbito do programa de emergência no setor da energia, um gerador de 200 KW ao setor de Bubaque e Gabú terá um de 1 mega.
Por sua vez, o ministro da Energia e Indústria, Issuf Baldé, exigiu a reposição das peças roubadas do antigo gerador para que o governo possa ter a capacidade de fornecer energia de qualidade e acessível, porque” não acredito que seja um ladrão fora do circuito dos trabalhadores’.
“Não podemos e nem devemos permitir que as nossas querelas pessoais interfiram na conservação e proteção do património comum “, advertiu.
Em reação ao anúncio feito pelo chefe de governo de que o mercado continuará aberto para todos que queiram trabalhar no setor da energia, o delegado regional da energia, Adulai Candé, diz duvidar que haja fornecimento simultâneo com uma empresa privada, Baio Djatá, que opera em Bafatá, porque “vamos fornecer energia a um preço baratíssimo e recuperar os nossos cabos de alta tensão que nos foram roubados, ponto final, é simples assim”.
O setor de Bafatá não tem tido fornecimento regular da energia pública há pouco mais de dois anos com prejuízos incalculáveis , disse o delegado que espera agora, com o início dos trabalhos que tudo volte a ser como antes e que todos os citadinos possam beneficiar da energia da Central Elétrica de Bafatá, contudo não anunciou o preço, por ser um assunto da competência do governo.
Por: Filomeno Sambú
Conosaba/odemocratagb
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