quarta-feira, 18 de março de 2020

TEORIA VS. PRAGMATISMO…



Por: mago yanick aerton

Há muita gente preocupada com o grau académico, ou seja os diplomas que teriam sancionado os estudos ou confirmados os estudos feitos pelo Chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças de Defesa e Segurança, Presidente da República, o General-Presidente UMARO EL MOKHTAR SISSOCO EMBALO, como se para o exercício do cargo para que foi sufragado tivesse como pré-requisito, a obtenção desses diplomas.
É licenciado, não é licenciado? É mestrado, não é mestrado? É doutorado não é doutorado, etc., etc.? É este o debate em voga em certos meios, sobretudo na Guiné-Bissau e em Portugal, animado por uns frustrados que tudo investiram para que o seu candidato, DOMINGOS SIMÕES PEREIRA, ganhasse as eleições presidenciais e pudesse continuar a servir os interesses dos Tugas.
Venho mais uma vez dar o exemplo de um país que foi o berço da democracia Africana, depois de ter passado por períodos negros de golpes de estado militares, o Benin, outrora considerado o “Quartier Latin” da ex-AOF (Africa Ocidental Francesa), devido ao nível de literacia das suas populações.
Depois do regime socialista-marxista do então Coronel Mathieu Kerekou ter falhado, organizou-se aquela que é considerada a primeira conferência nacional em África, uma espécie de estados-gerais que culminou com a instauração do multipartidarismo. 
Dos candidatos que concorreram às eleições presidenciais, foi eleito o candidato que mais diplomas possuía, um alto quadro do Banco Mundial, o Prof Dr. NICEPHORE SOGLO, originário de uma família de grande prestígio, em quem, sobretudo os djintons locais, tinham depositado toda a sua esperança para descolar o país, rumo ao progresso e ao desenvolvimento, na estrita linha da defesa dos seus interesses, em detrimento dos da maioria da população, os equivalentes aos nossos Buruntumas.
Em consequência da esperança nele depositado, devido a sua experiência no Banco Mundial e do seu rico percurso académico, o candidato SOGLO foi eleito Presidente da Republica do Benin. Mas antes do termo do seu mandato, o povo já tinha saudades do predecessor que, depois da sua derrota, permaneceu no seu cantinho a acompanhar a evolução da situação política do seu país.
Não obstante a sua falta de popularidade, o presidente SOGLO candidatou-se para um segundo mandato, apoiado maioritariamente pelos djintons, que constituem uma ínfima minoria na sociedade Beninense, mas com uma forte influência, sobretudo os Agudas, sociedade a que pertence o malogrado Marcel de Souza, ex-Presidente da Comissão da CEDEAO.
O Coronel Kerekou, que era o Buruntuma-Mor, porque oriundo de uma família modesta, foi pressionado para se candidatar contra o Nhu Djinton Soglo, que acabara de terminar o seu primeiro mandato, tendo-lhe infligido uma pesada derrota.
Este exemplo é para demonstrar que para o exercício desse alto cargo ninguém nega que os altos estudos sejam essenciais para a compreensão de certos fenómenos, mas os resultados de uma boa governação sem sempre dependem exclusivamente desse condicionante.
Que grau académico possui o JACOB ZUMA, o PAUL KAGAME e tantos outros chefes de estado que conseguiram melhores resultados durante o seu magistério, a frente dos respectivos países?

; tio samba: na punta BA nhu ku estuda BO forma ke ku bo fassi pá guine Bissau;

Pelo menos, sabe-se que o presidente-General frequentou o ensino superior em Portugal e noutros países, portanto não se compreende que, para a função que não é académica, se esteja a preocupar com os seus diplomas. O General-Presidente chegou onde está hoje através de voto popular e não por um concurso curricular, como se tratasse de uma função de docência universitária ou de pesquisa pós-graduação.
Deixemos o General-Presidente andar com os próprios pés e pensar com a sua cabeça, porque jurou realizar o tão adiado sonho do Guineense.
Si consigui, nona tocal palma, si ca consigui, RRRRRUUUUUUUAAAA!
Mas formulamos os mais sinceros votos para que consiga sucessos nunca dantes vistos no contexto africano!
PEACE AND PEACE


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