sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

GUINÉ-BISSAU: TINIGUENA DENUNCIA CORTE DE MADEIRA NO PAÍS

A ONG Tiniguena denuncia nova acção clandestina de corte de madeira nas florestas da região de Quinara e Tombali (sul do país), na região de Bafatá e Gabú (leste) e na região de Oio (norte). A madeira é, supostamente, transportada clandestinamente para a república da Gâmbia
Em 2015 o Governo da Guiné-Bissau aprovou uma regra que proíbe a corte de árvores nas florestas do país durante os próximos cinco (05) anos. Mas a moratória implementada não está a ser eficiente porque, de acordo com Miguel de Barros, director executivo da ONG Tiniguena, ainda verificam-se abates de árvores em algumas regiões.
Para Miguel de Barros na lei florestal no país assume que não se pode fazer exportação de Touros e daí é “inaceitável que de um momento para outro sem nem nenhum respeito as instituições formais e legitimas passa-se a registar não só novos cortes mais a exportar de forma clandestina quantidades de madeira sem que haja um compromisso formal de Estado e um consenso a volta dos destinos de recursos e sobre tudo de aquilo que é a política florestal do país”.
No que concerne ao sector da indústria extractiva, Miguel de Barros, chamou atenção dos actores políticos e decisores sobre a necessidade de garantir a maior transparência, para dar confiança aos guineenses de que os seus recursos estão a ser explorados de forma racional e que os benefícios serão partilhados por todos.
“Vale a pena pensar na economia marítima numa lógica capaz de promover um investimento público comprometido que permitirá nos próximos 20 anos ter uma visão do desenvolvimento do sector”, afirma Miguel.
De acordo com dados do último relatório da direcção geral de florestas, apenas num ano foram cortados mais de 90 mil metros cúbicos de área florestal e de apenas uma espécie que é conhecida por “Pau Sangue”.
Entretanto, os níveis sem precedentes de destruição da floresta e de outros recursos naturais da Guiné-Bissau já foram motivos de alerta no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Amade Djuf Djalo/radiosolmansi com Conosaba do Porto

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