Assembleia da República convidou hoje, Ricardo Sanha a tomar parte na entrega do prémio no dia dos direitos Humanos ao representante máximo das Nações Unidas sua excelência Senhor Eng. António Guterres.
O convidado Ricardo Sanha felicitou a nomeação de Guterres. Muito foi falada sobre a crise política na Guiné-Bissau.
O Secretário-Geral designado das Nações Unidas "é o homem certo para dar força ao Direito Internacional e conquistar as pessoas para uma cidadania global", afirmou esta sexta-feira o presidente da Assembleia da República.
Ferro Rodrigues intervinha na cerimónia de entrega a António Guterres do prémio DIreitos Humanos 2016, no valor de 25 mil euros, que o galardoado entregou a seguir ao Conselho Português dos Refugiados e motivou uma das prolongadas salvas de palmas por parte de todos os presentes.
António Guterres, nas suas palavras de agradecimento, sublinhou que Portugal "está bem colocado para assumir o papel de liderança" na criação de uma aliança que promova os Direitos Humanos.
Lembrando que Portugal "tem tido um comportamento muito positivo" em matéria de defesa dos refugiados, cujo exemplo contrasta com "a incapacidade da Europa" em se "organizar e cumprir o Direito Internacional para ajudar" pessoas em situação dramática, Guterres frisou que Lisboa "tem autoridade moral para motivar" outros países a seguir o seu exemplo.
"Com uma visão abrangente dos Direitos Humanos, uma visão séria e assumida em função" desses valores humanitários, "estou convencido que será possível inverter a tendência de progressiva deterioração do quadro internacional" nesse domínio, declarou o Secretário-Geral designado das Nações Unidas (cargo que assume formalmente a 1 de janeiro de 2017).
Na cerimónia em que participou o Chefe do Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente do Parlamento sublinhou que a candidatura de Guterres à liderança da ONU "foi um fator de união para os 230 deputados".
Deputados, o ex-presidente Jorge Sampaio, o ministro dos Negócios Estrangeiros, o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, o Núncio Apostólico, membros do corpo diplomático, Adriano Moreira, Francisco Pinto Balsemão, conselheiros de Estado, o presidente da Câmara de Lisboa, foram algumas das figuras presentes na cerimónia comemorativa do Dia Nacional dos Direitos Humanos.
O prémio, criado em 1999, "é um incentivo por quem se distingue na defesa dos direitos humanos", observou Ferro Rodrigues, enquanto o presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais, Pedro Bacelar de Vasconcelos, lembrou figuras já distinguidas como Mário Soares, Maria Lamas ou Sérgio Vieira de Mello.
António Guterres entrou na Assembleia da República acompanhado pelo presidente do Parlamento, Ferro Rodrigues, e pelo primeiro-ministro, António Costa, tendo havido uma pequena cerimónia de cumprimentos com os vice-presidentes da instituição e os membros do júri do prémio Direitos Humanos.
O prémio distinguiu o trabalho do antigo primeiro-ministro como Alto Comissário para os Refugiados, o qual já tinha sido "unanimemente reconhecido" pelo Parlamento "ainda antes de sabermos o resultado da [sua] candidatura a secretário-geral da ONU", disse ainda Ferro Rodrigues.
Conosaba/dn
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