sexta-feira, 18 de setembro de 2015

MEDIADOR INTERNACIONAL PROPÕE AOS GUINEENSES PACTO DE ESTABILIDADE




O antigo presidente da Nigéria, Olesegun Obasanjo, mediador da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) para a crise política na Guiné-Bissau, propôs aos guineenses a assinatura de um pacto de estabilidade a ser assinado "por toda gente".

Para Obasanjo um pacto de estabilidade poderia servir para se "evitar crises como a que teve lugar agora" e que o próprio ajudou a mediar entre o Presidente guineense, José Mário Vaz e o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), vencedor das últimas eleições legislativas.

O pacto de estabilidade seria assinado por partidos políticos, Presidente da República, líder do Parlamento, primeiro-ministro e a sociedade civil, tendo como premissas essenciais a cooperação, a colaboração e a concertação, defende Obasanjo.

"Espero estar aqui para testemunhar a assinatura desse pacto que poderá servir para evitar crises como a que tivemos agora", acrescentou o ex-líder nigeriano enviado especial da CEDEAO para ajudar a resolver o impasse politico que se registava na Guiné-Bissau.

O Presidente guineense nomeou na quinta-feira Carlos Correia, de 84 anos, primeiro-ministro pondo fim a um impasse que durava mais de 30 dias, desde a sua decisão de exonerar o Governo que era liderado por Domingos Simões Pereira, com quem se incompatibilizou.

Pelo meio José Mário Vaz ainda nomeou Baciro Dja primeiro-ministro mas o Supremo Tribunal de Justiça mandou anular a decisão por a considerar inconstitucional, o que levou o país a ficar sem um executivo.

Falando numa conferência de imprensa, o antigo presidente da Nigéria saudou o entendimento alcançado, salientado ter sido encontrado uma solução entre os próprios guineenses e ainda felicitou a "paciência do povo" durante o período do impasse.

Quanto ao futuro disse esperar melhorais no relacionamento entre os titulares dos órgãos de soberania sobretudo a partir das ideias mestras dos discursos do Presidente e do novo primeiro-ministro.

"Tanto o Presidente como o novo primeiro-ministro reconheceram, nos seus discursos, a necessidade de colaboração, cooperação, concertação e dialogo. A constituição da Republica manda que as instituições do Estado funcionem na base de cooperação", observou Olesegun Obasanjo.




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