Bissau - O Brasil vai enviar à Guiné-Bissau um grupo de técnicos para avaliar as necessidades e a situação do país para o restabelecimento da cooperação militar, disse nesta quinta-feira, à Lusa a ministra da Defesa da Guiné-Bissau, Cadi Seidi.
Seidi reuniu-se com o ministro da Defesa brasileiro, Jacques Wagner, em Brasília, para discutir a retomada da cooperação entre os países, suspensa desde o golpe de Estado de 11 de Abril de 2012.
"As autoridades brasileiras mostraram apoio e abertura, e esperamos que a retomada da cooperação se concretize, porque há vontade. Eles conhecem bem a situação da Guiné-Bissau, e os técnicos vão passar em revista a situação actual. Estamos confiantes", disse
Seidi, em declarações por telefone.
A ministra afirmou ter discutido a cooperação com o Brasil, principalmente nas áreas de formação das Forças Armadas e fiscalização, mas também de engenharia militar, serviço obrigatório e produção dos agentes em campos agrícolas.
Durante a reunião, Jacques Wagner foi convidado a visitar a Guiné-Bissau. "O Brasil, além da nossa relação bilateral, é um membro da CPLP e temos uma fronteira marítima, com o oceano Atlântico. Há um espaço comum, que temos que trabalhar", disse a ministra.
A representante do Governo da Guiné-Bissau afirmou também que o contexto económico não está favorável para o Brasil, mas que isso não "elimina a possibilidade de ajudar".
Seidi chegou ao Brasil na segunda-feira para uma visita de cinco dias.
Na terça-feira, visitou o Estado-maior do Exército brasileiro, incluindo os departamentos de logística e serviço militar, e participou em reuniões no local.
A ministra também deverá conhecer no Brasil o Hospital das Forças Armadas, o Agrupamento de Fuzileiros Navais de Brasília, a Secretaria de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto, a Chefia de Logística do Ministério da Defesa e o Colégio Militar de Brasília.
portalangop
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