Administrador do sector de Gabu
Gabu, 29 Jun 15 (ANG) – O novo Administrador do sector de Gabu promete, tudo fazer para, durante os três anos que restam desta legislatura, implementar o Plano de Desenvolvimento local, aprovado desde 2006.
Em declarações à ANG sobre as acções que pretende implementar durante o exercício das suas funções, Adulai Bobo Sissé, assegura que, em colaboração com o governo e os parceiros de desenvolvimento, serão construídas no concelho, mais escolas para acabar com as barracas ainda existentes em algumas secções.
Disse ainda que vão ser construídos mais centros de saúde , mais furos de água, e reabilitadas as vias que ligam Gabu às secções que compõe o sector.
Bobo Sissé acrescentou ainda que no próximo mês, a sua edilidade, através duma empresa de construção que opera na zona, levará a cabo o processo de reparação pontual de ruas da cidade com o objectivo de acabar com os buracos e os charcos, para, nomeadamente, não permitir a paragem da água, prevenindo-se assim contra as doenças como o paludismo e cólera nesta época das chuvas.
Outra acção, segundo ele, é a sensibilização das organizações de sociedade civil sobretudo, a ONGs, com vista a evitar a “duplicação” de projectos.
E disse que para resolver este e outros problemas, a nova administração criou, “pela primeira vez”, o Conselho Directivo Sectorial, um fórum que congrega todos os actores do concelho para discutir os assuntos ligados à governação de Gabu, e delinear as principais acções para o seu desenvolvimento.
Apesar de o sector ter energia eléctrica pública regular fornecida só no período da noite, no que tange ao abastecimento de água potável às populações, o Administrador fala em “dificuldades imensas”, devido ao facto da electrobomba da referida empresa se encontrar avariada.
“Graças a parceria entre o governo e uma empresa portuguesa, a referida máquina voltara a estar operacional brevemente, para passar a ajudar no fornecimento normal da água à cidade tal como outrora”, declarou.
No que se refere aos sucessivos conflitos entre os particulares e entre estes e os serviços públicos, relativamente a concessão de terrenos, sobretudo para a habitação, este responsável disse que logo depois da nomeação dos governos locais, o da região de Gabu mandou suspender as atribuições dos mesmos para acabar com a “confusão” no processo.
“Muitas vezes verifica-se o conflito de competências entre a Câmara de Gabu e o Serviço do Ministério das Obras Públicas na atribuição de lotes de terrenos aos interessados. Mas na verdade, é à Câmara (administração local) que cabe conceder terrenos e as Obras Públicas, por sua vez, deve-se limitar na urbanização e na organização de lotes”, explicou.
Abordado sobre como encontrou a administração local que herdou há dois meses, este antigo Director do liceu público de Gabu, informou que em consequência do levantamento feito, herdaram uma dívida de média de seis meses de salário ao pessoal, contraída durante o governo de transição e que, segundo ele, deixa as novas autoridades numa “situação muito difícil, dado que não se pode exigir um funcionário que não recebe o seu ordenado”.
Sissé garante que estão a trabalhar para o pagamento ,até ao final do ano, dessa divida , não obstante as “fracas receitas da administração local”.
Finalmente, Adulai Bobo Sissé apela à toda a população da área, no sentido de “todos” trabalharem em prol do seu desenvolvimento, independentemente da filiação partidária de cada um.
O sector de Gabu, conhecido na era colonial como “Nova Lamego”, é a segunda cidade económica mais importante do país (depois da capital, Bissau) com cinco secções administrativas, tem mais de 150 mil habitantes, que praticam fundamentalmente, a agricultura, pecuária e o comércio.
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