sábado, 22 de fevereiro de 2014

PIRATARIA NO GOLFO DA GUINÉ PODE JUSTIFICAR MISSÃO EUROPEIA EM 2015.



"Sinais preocupantes" devem levar ministros europeus da Defesa a agir. Portugal com "parte ativa" na estratégia europeia de segurança marítima


O ministro da Defesa Nacional de Portugal disse esta sexta-feira que os "sinais preocupantes" de pirataria no Golfo da Guiné justificam uma preparação para uma possível missão europeia na região em 2015.

"Estamos atentos à realidade do Golfo da Guiné onde estão a ressurgir sinais preocupantes de pirataria e a merecerem uma preparação para, em 2015, poder ser acautelada uma missão também da União Europeia de vigilância e atuação da União Europeia na área do combate à pirataria no Golfo da Guiné", afirmou José Pedro Aguiar-Branco. O ministro português falava por telefone à Agência Lusa, a partir de Atenas, sobre as conclusões da reunião informal dos ministros da Defesa dos países da União Europeia, que terminou esta sexta. Aguiar-Branco sublinhou que "foi concluída com sucesso" a participação portuguesa na missão de combate à pirataria no Índico, (operação Atalanta) e que a prioridade passará a ser o Golfo da Guiné, região onde "a ameaça é crescente". "Para Portugal é mais importante concentrar esforços de preparação, exercícios, de análise, no Golfo da Guiné porque é uma região que do ponto  de vista estratégico é mais prioritária".    

De acordo com Aguiar-Branco, a reunião informal dos ministros da Defesa da União Europeia "reafirmou a importância de uma estratégia de segurança marítima e da centralidade do oceano Atlântico". Neste ponto, foi também reafirmada "a responsabilidade de cada estado membro ter em primeira mão o exercício de jurisdição sobre a zona económica marítima de que é titular". Até junho será elaborado o documento da comissão europeia sobre a definição da estratégia europeia de segurança marítima na qual, segundo Aguiar-Branco, Portugal será "parte ativa".

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