quinta-feira, 6 de novembro de 2025

Eleições de 23 de novembro: BACIRO DJÁ PROMETE UMA GUINÉ-BISSAU BASEADA NA MERITOCRACIA E NO RESPEITO PELA CONSTITUIÇÃO



O presidente da Frente Patriótica de Salvação Nacional (FREPASNA), Baciro Djá, garantiu que, caso seja eleito Presidente da República, fará da Guiné-Bissau um Estado social baseado na meritocracia e no respeito pela Constituição da República.

As declarações foram feitas esta quarta-feira, em São Domingos, durante um comício popular destinado a apresentar aos cidadãos do setor o programa de governação da FREPASNA para os próximos quatro anos.

Baciro Djá afirmou que, para ser Presidente da República, não se deve ser uma pessoa aventureira nem alguém sem preparação e cultura de Estado.

“Ser Presidente da República exige uma carreira, porque não é um lugar de estágio. É preciso ser um profissional, como é o meu caso Baciro Djá, colega de Kumba Yalá”, disse, sustentando ainda que o seu adversário político, Fernando Dias, deve desistir da corrida presidencial e apoiá-lo, para que juntos possam fazer frente a Umaro Sissoco Embaló.

“Quando eu vencer, darei a ele a pasta de primeiro-ministro”, prometeu.

Baciro Djá recordou ainda que, nas eleições passadas, havia alertado os guineenses para não votarem em Umaro Sissoco Embaló, advertindo que as consequências seriam graves.
“Como resultado, estamos hoje a pagar com o desrespeito pelas leis do país, com espancamentos, mortes, pobreza e até com a alteração das datas históricas da Guiné-Bissau. Dou-vos um exemplo: quando se entrega um carro a um ajudante, só há duas saídas ou o cemitério, ou o hospital”, justificou.

O líder da FREPASNA afirmou também que o seu partido não está satisfeito com o impedimento do PAIGC de participar nas eleições de 23 de novembro, por se tratar do partido que trouxe a liberdade à Guiné-Bissau.

“No entanto, não concordo que o líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, apoie Fernando Dias e me deixe de lado, tendo em conta que eu percorri todo o trajeto dentro deste partido dos combatentes”, sublinhou.

“Quero assegurar-vos que entrámos na política para acabar com a pobreza, criar estabilidade e, em dez anos, ultrapassar o nível de desenvolvimento dos países vizinhos. Eliminaremos também as barreiras fronteiriças que dificultam a circulação dos nossos cidadãos na sub-região e investiremos fortemente na Educação e na Agricultura”, explicou.

Baciro Djá acrescentou ainda que fará uma reforma profunda na defesa e segurança, “porque não se pode ter Forças Armadas que não cumprem o seu papel republicano”.

RSM.06.11.2025

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