segunda-feira, 9 de maio de 2022

Polícia guineense promete “investigação séria” a ataque contra deputado

O comandante adjunto da Polícia de Ordem Pública (POP) da Guiné-Bissau Salvador Soares prometeu hoje que as forças de ordem vão desencadear uma "investigação séria" para a descoberta de autores do ataque armado ao deputado Agnelo Regala.

Em conferência de imprensa, Salvador Soares afirmou que, até os suspeitos serem capturados, a POP tratou-se de "um caso isolado", mas que as forças de investigação vão ter que descobrir de acordo com "orientações superiores".

"Recebemos orientações fortemente do senhor ministro (do Interior) e do comandante-geral da Guarda Nacional para desencadearem uma investigação séria e rápida", notou Soares.

Agnelo Regala, deputado no parlamento guineense, líder do partido União para a Mudança (UM) e proprietário da rádio privada Bombolom FM, foi no sábado vítima de um ataque junto da sua residência em Bissau, tendo sofrido ferimentos numa perna na sequência de disparos feitos contra si, disse à Lusa o próprio.

Dizendo não querer colocar em causa as afirmações do deputado, o comandante adjunto da POP disse que a polícia "tem dúvida se de facto Agnelo Regala foi atingido com uma arma do tipo AK-47, que é do uso exclusivo das forças de Defesa e Segurança da Guiné-Bissau''.

"Temos grande preocupação e dúvida quanto ao tipo de arma usada, segundo as explicações de sua excelência senhor deputado de nação, que é vítima neste caso, que disse ter sido uma metralhadora AK-47, mas que supõe que seja uma arma francesa ou israelita", observou Salvador Soares.

O comandante adjunto da POP notou que, pela sua experiência, se Agnelo Regala tivesse sido atingido com tiros de uma AK-47 a ferida na sua perna esquerda "seria mais grave".

Salvador Soares defendeu, contudo, que a investigação, que deve ser iniciada ainda hoje, vai apurar que tipo de arma foi disparada contra o deputado.

Até a captura dos autores do disparo, a POP vai considerar que se tratou de um "caso isolado", conforme Salvador Soares que se baseou nas explicações do próprio deputado.

"Conforme a vítima seria um grupo de pessoas não identificadas, sendo que alguns desses elementos estavam encapuzados. Quando assim é trata-se de um caso isolado", observou o dirigente da polícia guineense.

Conosaba/Lusa

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