ADVOGADOS DA DEFESA DE BUBO E ZAMORA
Os advogados da defesa de José Américo Bubo Na Tchuto e José Zamora Induta responsabilizaram o ministério do interior pela retirada de corpo de segurança afeto aos seus constituintes, deixando-os expostos.
Em conferência de imprensa, Vitor Mbana afirma que não há processualmente processos contra os seus constituintes. Aliás, disse que, mesmo que houvesse processo, o ministério do interior não devia retirar o corpo de segurança afeto a esses oficiais superiores militares na reserva, por terem desempenhado funções nas estruturas militares.
Por isso, Vitor Mbana espera que o ministério reveja a sua posição, retornando o corpo de segurança ao antigo chefe de estado maior general das forças armadas e antigo chefe de estado maior da armada.
O advogado explicou também que o grupo de segurança afeto a Bubo Na Tchuto e Zamora Nduta foi transferido para diferentes unidades no interior do país, sem um processo ou notificação.
“Sendo militares deveriam ser assegurados pelos militares e também não deveriam ser expostos. Mas estranhamente eram assegurados pelos agentes afetos ao ministério do interior. Primeiro o ministério do interior retirou uma parte e, depois a ordem acabou por levá-lo todo [o corpo]” disse.
“Os nossos constituintes não foram constituídos suspeitos. Não há nenhum processo contra eles. Havendo qualquer indício que conduzisse a abertura de um processo, se for de natureza essencialmente militar haviam de responder perante o tribunal militar, e se não fosse podiam responder no ministério público” disse, sublinhando que os seus constituintes deveriam ser homenageados em vez de serem expostos, por terem desempenhado um “papel importante” nas estruturas militares.
Bubo e Zamora foram ouvidos pela contrainteligência militar na semana passada por uma suposta participação numa reunião que se realizou na vila de Patche Ialá, norte da Guiné-Bissau, na qual terá participado os líderes do Partido da Renovação Social (PRS), Alberto Mbunhe Nambeia e do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereia.
Por: Tiago Seide
Conosaba/odemocratagb
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