A França voltou a assinar com a Guiné-Bissau um acordo de ajuda orçamental de cooperação bilateral que havia sido suspenso em 1998. O acordo rubricado esta quarta-feira, 12 de maio de 2021, nas instalações do Ministério das Finanças em Bissau, prevê a disponibilização de 1,5 milhões de euros para apoiar o setor social e o pagamento de salários aos funcionários públicos.
Após a assinatura dos dossiês, o ministro das Finanças, João Mamadu Fadiá, realçou a retoma da cooperação entre os dois países e o entendimento alcançado no espaço de dois meses.
‘É o começo das nossas relações, digo-vos que todas as negociações desde fevereiro e em dois meses chegamos a um entendimento. Normalmente essa ajuda está associada aos programas do Fundo Monetário Internacional (FMI), mas foram mais depressa para concretização do apoio”, referiu João Mamadu Fadiá.
Segundo apurou a reportagem do Jornal O Democrata junto do gabinete da assessoria do ministério, dos 1,5 milhões de euros do envelope de apoio, 1,3 milhões serão destinados para os setores da Educação, Saúde e Solidariedade Social, e 200 mil euros para o pagamento de salários de funcionários públicos.
Falando em nome do governo da França, o embaixador residente Terence Wills, mostrou abertura do executivo francês em alargar a sua cooperação com a Guiné-Bissau no setor da Agricultura nesta retoma dos apoios bilaterais.
“A Guiné-Bissau tem um real potencial económico, tem uma sociedade muito jovem, se pudesse diversificar a sua agricultura, transformar as suas matérias-primas no seu território nacional, talvez seria melhor, para o país avançar”, disse.
“Para nós, a comunidade internacional deve mudar o seu olhar sobre a Guiné-Bissau e deixar de ver a nação guineense como um país de fragilidade, mas como um país de oportunidade”, declarou Terence Wills.
Na ocasião, Terence Wills, realçou o acordo alcançado entre os dois governos para ajuda orçamental, uma vez que o ano 2020 foi difícil para Guiné-Bissau, devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19) associada à fraca campanha de comercialização de cajú.
Por: Alison Cabral
Conosaba/odemocratagb
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