O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, promoveu hoje uma reunião de reconciliação entre os dirigentes fundadores do Partido da Renovação Social (PRS), atualmente desavindos.
Sissoco Embaló chamou ao Palácio da Presidência o presidente do PRS, Alberto Nambeia, e o antigo líder do partido, Ibraima Sori Djaló, para apelar para qie ultrapassem as divergências que mantêm, ao ponto de nos últimos dias trocarem acusações públicas nos órgãos de comunicação social.
Antigo presidente do parlamento guineense, Sori Djaló, bem como Mário Pires, antigo primeiro-ministro, e José de Pina, antigo ministro da Saúde Pública, todos cofundadores do PRS, acusam Alberto Nambeia de utilizar o partido em proveito próprio.
As duas partes trocam ameaças de recurso à justiça para "lavar a honra".
Preocupado com a situação, conforme disse hoje, Umaro Sissoco Embaló convocou as duas partes em contenda para um encontro de reconciliação, "dada à importância do PRS na democracia guineense".
"Não quero nada que venha desagregar o PRS ou qualquer outro partido" da Guiné-Bissau, sublinhou Umaro Sissoco Embaló.
O Presidente guineense destacou o facto de o PRS "ser um partido histórico" por já ter vencido as eleições legislativas e presidenciais.
"É um legado histórico na nossa democracia que deve ser preservado. Não vou permitir que se estrague o partido de Kumba Ialá e dos seus camaradas", observou Sissoco Embaló.
O PRS foi fundado pelo falecido ex-presidente da Guiné-Bissau Kumba Ialá, em 1992.
O atual líder, Alberto Nambeia, elogiou o papel de Sissoco Embaló perante a crise que abala o PRS.
"O Presidente está preocupado com a situação no PRS, por saber que quando há problema nos partidos grandes não acaba só nesses partidos, acaba por afetar todo o país e, como garante da soberania, o Presidente entendeu que devia chamar-nos para ultrapassarmos os nossos problemas", disse Nambeia.
Prometeu que de agora em diante os problemas serão resolvidos na base do diálogo, porque, frisou, "o país está acima de todos".
Alberto Nambeia anunciou que a partir de hoje o "machado de guerra será enterrado" no PRS, terceiro partido mais votado nas últimas eleições legislativas, mas atualmente no Governo numa coligação com outras forças políticas.
Ibraima Sori Djaló também enalteceu o papel de Umaro Sissoco Embaló e afirmou que não tem ódio contra Alberto Nambeia, mas estava com "muita raiva, mas que acabou".
Conosaba/Lusa
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