Em todos os problemas da inversão da ordem constitucional, as nossas forças da defesa e segurança, foram usadas para atingir objetivos intangíveis no campo político.
A politização das forças da defesa e segurança, é um cancro maligno pela nação guineense, uma força armada que outra hora, nos orgulho pelo seu papel republicano, que conquistaram a independência da Guiné e Cabo Verde, com sangue e suor, sob a única direção e objetivo, que é a independência total do nosso povo, unidos na luta e miséria para uma Guiné Bissau soberana, livre do jugo colonial e da invasão estrangeira, hoje é a mesma que nos leva sob domínio estrangeiro, pergunto, será que valeu a pena, lutar por onze anos nas matas da Guiné, com todos os sacrifícios contidos e tidos para hoje vivermos assim sem honra e dignidade? Será que os fins justificam os meios?
No meu modesto ponto de vista, acho que não, hoje o vosso papel seria a luta pela manutenção de um Estado de direito democrático, e assim sendo lutar duma forma legítima e ordeira pelos vossos direitos, honra e dignidade pela vossa classe, seria plausível pelo povo guineense, não só como também mereceriam o nosso apoio como um só povo, mas invés disso, deixaram se fazer de marionetes dos políticos mal intencionados pela pátria que vocês mesmo lutaram para conquistar, mas que vos usam quando querem e depois joga fora quando ja não lhes convém, vivemos num passado bem recente, em que dois candidatos apurados para a segunda volta das eleições presidenciais do ano 2012, um suportado pelo partido da renovação social "PRS", Dr. Kumba Yala, e o seu rival suportado pelo Partido Áfricano da Independência da Guiné e Cabo Verde " PAIGC ", Carlos Gomes jr.
Em que nas vésperas do início da campanha do segundo turno, o candidato do PRS, afirmou publicamente que não haveria nem primeira nem segunda volta do processo eleitoral, porque ele ia pôr a sua máquina no terreno, assim o fez, o que veio a culminar com o golpe de Estado de abril de 2012, dado pelas forças da defesa com os políticos por de trás, antes dessa situação o pais tinha vivido situações atípicas da tenção política em que surgiram várias organizações da sociedade civil e dos partidos da oposição democrática que saíam constantemente às ruas em diferentes tipos de manifestações e exigências.
Assim fomos ao processo eleitoral, com problemas mal resolvidos a nível dos partidos políticos e com uma sociedade fragmentada e envenenada pelos políticos, oquê veio a desembocar num golpe de Estado. Com um desfecho de sanções dados por algumas chefias militares achados que estiveram envolvidos na situação de subversão da ordem constitucional do pais, mais que até ágora não foram levantadas, pergunto, o quê que esses políticos que -vos instigam e intrigam, fazem para vos tirar dessa situação?
Quais são os vossos benefícios depois de serem usados como cavalos de batalha?
Por essa razão, a CEDEAO (ECOWAS), sendo uma organização regional em que a Guiné Bissau é um Estado membro, e que agora é um gigante a nível da África Ocidental, que foi criado com o objetivo de promover a integração econômica em todas as áreas de atividade dos Estados membros, mas que hoje goza a nível mundial da reputação de sucesso, de fato a CEDEAO pode ser tida agora como triunfo de uma integração efetiva e exemplo de uma coexistência regional, com um caráter juridicamente vinculativo, foi nesse contexto que a CEDEAO decidiu enviar uma força de interposição da ECOMIB, com a anuência do Conselho da segurança das Nações Unidas, um contingente de mais de seiscentos homens, uma força mista de elementos de defesa e segurança de alguns estados membros, para segurar o período da transição que se tinha iniciado no país, com o objetivo de promover a paz e a estabilidade no país, com uma missão específica de proteger as instituições públicas e os titulares dos órgãos da soberania nacional, que cujo a sua duração no país foi tido como necessário para a estabilização político governativa do pais, mas não obstante sempre teve ressaltos inconstitucionais, mesmo com a presença da ECOMIB no país, mas que não se tinha agravado como está acontecendo nesse exato momento, e dessa nova crise pôs eleitoral, desta vez foi tudo diferente, mesmo com a presença da ECOMIB no país, as instituições e as figuras públicas ficaram desprotegidos e o povo a deriva dessa situação, a pergunta que não quer calar, será que vale apena continuar com essa missão que ja não protege nada e ninguém? O quê que está por de trás dessa desproteçao de uma hora para outra? Acho que o povo da Guiné Bissau merece uma explicação por parte da CEDEAO da UA e do CONSELHO DA SEGURANÇA DAS NAÇÕES UNIDAS.
só uma chamada de atenção, a CEDEAO deve assumir as suas responsabilidades, se não a sua queda livre está lançada como a antiga SDN, que vão pesquisar a história.
By: AUA EMBALÓ
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