O Conselho de Segurança da ONU debateu, à porta fechada, a atual situação na Guiné-Bissau. Durante a sua intervenção, Modibo Ibrahim Touré, representante do secretário-geral da ONU para a Guiné-Bissau, realçou que “quatro meses depois” da assinatura do Acordo de Conacri “o impasse perdura” e que o espírito de colaboração do documento “foi substituído por uma lógica de dissensão e polarização”.
“Em resultado da deterioração da crise institucional uma abordagem mais sustentável e bem coordenada será necessária daqui em diante”, defendeu Touré, e que a missão ONU deve “rever a sua abordagem e desenhar uma nova estratégia em linha com as exigências atuais.”
Para Modibo Ibrahim Touré “qualquer avanço no diálogo político será de curta duração se as causas estruturais de instabilidade não forem resolvidas”.
Falando em nome da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), o embaixador da Libéria junto da ONU, Lewis G. Brown, realçou que a não aplicação do Acordo de Conacri e a nomeação de um primeiro-ministro “não consensual” são “motivos de grande preocupação para o desenvolvimento de uma agenda da paz”.
“O desafio que o governo (guineense) agora enfrenta é ter um plano de desenvolvimento aprovado pelo Parlamento, o que, se falhar, significa que o recém-nomeado primeiro-ministro terá de se demitir”, defendeu Brown.
O relatório apresentando no encontro diz que o mandato da UNIOGBIS deve ser prolongado por mais um ano, ou seja, até 28 de fevereiro de 2018, e focar-se nas próximas eleições, uma decisão que deverá ser votada pelo Conselho de Segurança a 23 de fevereiro.
Conosaba com © e-Global Notícias
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