As autoridades policiais de Angola anunciaram hoje a detenção, no sul do país, de um cidadão namibiano que transportava 15 angolanos para “comercializar” por sete euros, cada, para trabalharem nas fazendas da Namíbia.
A detenção foi confirmada pela delegação do Ministério do Interior na província do Cunene, que faz fronteira com a Namíbia, indicando que o suspeito é visado pelo crime de tráfico de seres humanos.
“Pretendia comercializá-los em algumas fazendas namibianas ao preço de 100 dólares namibianos [7,2 euros] por cada pessoa”, indicou a mesma fonte.
A mesma fonte dá conta que só nos últimos dias foram detidas sete pessoas, entre os quais dois namibianos, pela prática deste tipo de crime.
A Lusa tinha já noticiado a 13 de fevereiro que a Polícia Nacional angolana procedeu ao resgate de 38 cidadãos angolanos, na fronteira de Santa Clara, no município de Ombadja, província angolana do Cunene, cujo destino era a Namíbia para trabalhos forçados.
A informação, então avançada à agência Lusa pelo porta-voz da polícia do Cunene, intendente Piedade Pombal, dava conta ainda que os 38 cidadãos iriam trabalhar em fazendas agrícolas, construção de obras, comércio, exploração mineira e tarefas domésticas.
Segundo Piedade Pombal, o resgate resultou de duas operações realizadas sexta-feira e domingo, tendo levado igualmente à detenção de sete cidadãos implicados no caso, entre os quais os dois de nacionalidade namibiana.
O responsável policial referiu que entre o grupo, de ambos os sexos, encontravam-se quatro crianças, a mais nova com 11 meses.
“Um dos resgates foi um trabalho investigativo no Ombadja, já vínhamos trabalhando no caso e culminou com o corte e o outro foi por tentativa de passarem a fronteira e como nós já estamos atentos a estas situações então fizemos o corte, mas quase que no território aduaneiro já”, explicou o porta-voz da polícia no Cunene.
O responsável acrescentou que na operação de Ombadja foram resgatadas 18 pessoas e as restantes na tentativa de passar a fronteira de Santa Clara.
Piedade Pombal disse que as autoridades angolanas estão a trabalhar com as suas congéneres da Namíbia para saber qual era o principal destino dessas pessoas.
Fonte : Lusa/Conosaba
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