Nairobi (Quénia) - A união Africana (UA) instou esta sexta-feira, em Addis Abeba, o presidente cessante Yahya Jammeh a deixar pacificamente o poder, ameaçando-o de "sérias consequências" caso contrário, anunciou a organização num comunicado, citado pela AFP.
"A contar de 19 de Janeiro, a União Africana deixará de reconhecer o presidente cessante Yahya Jammeh, como sendo presidente legítimo da República da Gâmbia", refere a declaração final adoptada esta sexta-feira, pelo Conselho de Paz e de Segurança (CPS) da organização continental em Addis Abeba.
Essa tomada de decisão acontece numa altura em que uma mediação oeste-africana chefiada pelo presidente nigeriano Muhammadu Buhari, chegou esta sexta-feira a Banjul, para tentar convencer Jammeh a deixar o lugar ao presidente declarado vencedor, Adama Barrow, cuja investidura está prevista para 19 de Janeiro.
O CPS, na sua declaração, ameaça Jammeh de "sérias consequências na eventualidade das suas acções vierem a produzir uma crise que pode dar origem à convulsões políticas, um desastre humanitário e em matéria de Direitos humanos, incluindo à perda de vidas inocentes e a destruição de bens.
A UA apela igualmente as forças de defesa e segurança do país à contenção, sublinhando que o seu dever é de "se colocar à disposição das autoridades democraticamente eleitas do seu país".
A Gâmbia, pequeno país anglófono da África do Oeste, está mergulhado numa crise desde que Jammeh anunciou a 09 de Dezembro que não reconheceria mais os resultados do escrutínio, uma semana após de ter felicitado Barrow pela sua vitória.
Desde a sua reviravolta, Yahya foi submetido a inúmeras pressões externas para deixar o poder no final do seu mandato, que termina a 18 de Janeiro. Adama Barrow afirma que será investido a 19 de Janeiro e se considerará presidente a partir dessa data.
Conosaba com angop.
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